segunda-feira, 7 de maio de 2018

Sensacionalismo, seletividade e fascismo

Sensacionalismo - Os grandes veículos de comunicação se ocuparam, sempre, de divulgar fatos e episódios de forma sensacionalista, com o objetivo de influenciar a opinião pública, disseminando o medo e distanciamento entre as pessoas. Assim, quem vive numa pacata cidade do interior, e se informa sobre a cidade de São Paulo através da mídia tradicional, imagina que a maior cidade do país vive no meio de uma guerra.

Justiçamento - O tratamento sensacionalista da mídia tradicional também é comum na divulgação de fatos e episódios do mundo político. A apresentação, em tempo real, da detenção de acusados e suspeitos, gera a impressão de que estamos cercados por corruptos; e as sucessivas exibições de sessões do Supremo Tribunal Federal (STF) fortalecem a sensação de que o julgamento (e a condenação) é a única alternativa para o enfrentamento da corrupção.

Seletividade I - A priorização para figuras públicas do PT é evidente. O artifício faz com que a opinião pública considere o Partido dos Trabalhadores como o mais corrupto da história e olhe para todos os petistas como ladrões potenciais. Os grandes veículos de comunicação também defendem a criminalização de movimentos sociais populares, como o MST e o MTST, quando noticiam, com destaque, fatos negativos sobre eles.

Seletividade II - Proposições legislativas positivas são sistematicamente omitidas do noticiário, especialmente quando são iniciativas de parlamentares do PT. Também são ignoradas, na mídia tradicional, informações positivas sobre os movimentos sociais populares como o fato de os assentamentos coordenados pelo MST serem grandes produtores de alimentos sem o uso de agrotóxicos ou de os movimentos de moradia serem os principais instrumentos na tentativa de reversão do enorme déficit habitacional existente nas grandes cidades.

Contaminação - É inegável que os grandes veículos de comunicação incentivam, na opinião pública, o ódio contra o PT e contra a esquerda e, ao mesmo tempo, é evidente a defesa da criminalização dos movimentos sociais. É este o papel da mídia tradicional na estratégia do capitalismo. Desgraçadamente, no entanto, os grandes veículos de comunicação (e o pensamento conservador) também influenciam a esquerda. Não são poucos os esquerdistas que atribuem a prisão do presidente Lula a erros cometidos pelo PT. Há até os que já o chamaram de "traidor", engrossando o apelo midiático e conservador em defesa da sua prisão.

Entendimento - É inegável que a perseguição ao PT e ao presidente Lula é real. A constatação é amplamente majoritária entre os militantes e partidos políticos da esquerda brasileira. Sem abrir mão de projetos eleitorais próprios, o PSOL e o PCdoB têm sido firmes na defesa do presidente Lula e da democracia. O PCO, que sempre teve ressalvas às opções políticas do PT, vem participando ativamente das mobilizações em defesa da liberdade do presidente Lula. Há um entendimento majoritário de que a unidade política é essencial para enfrentar o fascismo. Ainda assim, em nome de uma suposta postura ideológica de esquerda, existem os que não se envergonham de se alinhar ao golpismo e a figuras públicas execráveis, como Alexandre Frota e Oscar Maroni.     

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