domingo, 24 de junho de 2018

Sensacionalismo e medidas contra o povo

Violência - O noticiário sensacionalista da mídia tradicional é o principal responsável pela disseminação de uma sensação de insegurança individual, o que faz aumentar a demanda por aumento do policiamento ostensivo e alimenta a desconfiança entre as pessoas, especialmente na periferia. Paralelamente a isso, a exibição sistemática de cenas de violência reforça a falsa percepção de que moradores dos bairros populares são (todos) bandidos.

Necessidades - A onda midiática sobre insegurança faz com que sejam tomadas inúmeras iniciativas oficiais no sentido de ampliar a rede de policiamento ostensivo, o que implica, desgraçadamente, no corte de investimentos em políticas de inclusão social e educacional. As demandas e reivindicações das classes populares, no entanto, são muito diferentes das que aparecem na televisão. No extremo sul da cidade de São Paulo, por exemplo, o atendimento da saúde pública é sofrível, as condições de moradia são insuportáveis e o transporte coletivo é um tormento diário.

Dificuldade - Os moradores dos bairros da periferia, infelizmente, ainda não conseguiram articular suas reivindicações específicas e locais com a luta geral por mais democracia. Os moradores do Jardim Varginha, no extremo sul da cidade de São Paulo, aguardam a chegada do trem da CPTM há anos, mas vem sendo enrolados por sucessivas administrações tucanas do governo do estado. A prefeitura tucana da capital fechou uma unidade básica de saúde no Jardim Mirna, também na região sul da cidade, deixando a população sem atendimento.

Desmonte - O golpismo brasileiro é mais conhecido por ter surrupiado o mandato conquistado nas urnas pela presidenta Dilma Roussef. O golpe foi aprofundado com a prisão do presidente Lula. A face mais perversa do golpe, no entanto, não se resume a essa ofensiva na política geral. O golpismo ataca, todos os dias, os direitos dos trabalhadores e da população da periferia.

Redução - A diminuição de gastos públicos, uma das medidas do governo sem voto, atinge diretamente a existência de equipamentos públicos, como a unidade básica de saúde do Jardim Mirna (fechada para economizar recursos), e o adiamento da implantação de estruturas de transporte nas periferias das grandes cidades, como a estação Varginha da CPTM. O golpismo é dirigido, essencialmente, a satisfazer exigências do mercado financeiro e, para isso, penaliza a maioria da população.


  

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