Absurdo - Os motivos que levaram o Padre Amaro a ser preso foram armados por latifundiários e defensores dos interesses deles e, desde que ele foi detido, a armação tem ficado mais evidente. Para se ter uma ideia do absurdo, entre as acusações contra ele está a de "associação criminosa", mas, como ele é o único acusado, não existe como ele ter se associado a ele mesmo para o suposto cometimento de qualquer crime.
Judiciário - Uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Pará negou liminar (decisão antecipada) no pedido de Habeas Corpus apresentado pelos advogados do Padre Amaro e, nesta segunda feira, o próprio HC também foi rejeitado, por unanimidade, pelos desembargadores do mesmo tribunal. A decisão é reveladora de que o plano, preparado por latifundiários, conta com participação do poder judiciário. As acusações não foram provadas e, ainda assim, o Padre Amaro continua detido.
Criminalização - O Padre Amaro é o continuador do trabalho da religiosa Dorothy Stang, assassinada em 2005. Na mesma penitenciária onde ele está detido também se encontra preso o mandante do assassinato da freira. O episódio é revelador do comprometimento do judiciário com os interesses das classes dominantes. As acusações são absurdas e não existem provas.
Seletividade - A prisão do Padre Amaro é um triste exemplo da seletividade existente na sociedade brasileira. Acusações, apresentadas em depoimentos de fazendeiros e latifundiários, sem qualquer prova, levaram o Padre Amaro para a prisão. O mandante do assassinato de Dorothy Stang ficou doze anos longe da cadeia, até ser condenado e preso, o que só aconteceu depois de manifestações em todo o país e de pressões de organismos internacionais de defesa dos direitos humanos.
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