Enriquecimento - As comemorações do golpismo e da mídia tradicional, que destacam um suposto progresso do país, escondem uma brutal concentração de renda, que aumenta a miséria, ampliando a distância entre os mais ricos e os mais pobres. A lucratividade dos negócios privados é ampliada, em grande medida, pela intensificação do processo de privatizações, pela eliminação de direitos dos trabalhadores e pela diminuição de gastos e investimentos públicos. Não é por outro motivo que os maiores anunciantes nos grandes veículos de comunicação são empresas beneficiárias de leilões de privatização (como a CCR), bancos detentores de títulos da dívida pública e setores da economia beneficiários da desregulamentação dos direitos trabalhistas.

Contrapartida - Em oposição à ofensiva golpista apoiada pelo empresariado, os trabalhadores do campo e da cidade já anunciam que não vão se render. A candidatura do presidente Lula tem o conteúdo classista que pode reverter a situação adorada pelos donos do poder. Além de restabelecer a democracia, o programa de governo do candidato operário deve incorporar objetivos e metas que coloquem e o enfrentamento da miséria como tarefa principal do poder público. Principalmente por causa disso, a disputa eleitoral de 2018 terá uma característica que vai superar os confrontos anunciados pela mídia tradicional, mobilizando milhões de mulheres e homens, em defesa de demandas e reivindicações das classes populares.