quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Luta democrática

Festa - Na celebração do aniversário do PT, tive a oportunidade de rever companheiros e companheiras que, no decorrer dos últimos anos, partilhei momentos inesquecíveis e emocionantes. A constatação (óbvia e quase unânime) é de que chegamos aos 39 anos de vida de nosso partido com inúmeras dúvidas sobre nossas tarefas na atual conjuntura e sobre as responsabilidades que temos com o futuro. As certezas que temos tem a ver com o caminho que percorremos, sempre comprometidos com as causas populares e com os movimentos sociais.

Desafios - O companheiro Durval de Carvalho, atual presidente do Diretório Municipal do PT de Campinas (SP), me ajudou a ver que as dúvidas e incertezas podem ser estímulos à nossa capacidade de elaboração, o que pode resultar em encaminhamentos interessantes para as lutas populares. Penso que herdamos a consciência de luta dos que resistiram ao autoritarismo implantado pelo golpe de 1964. Os filhos e netos da geração atual serão herdeiros do que conseguirmos fazer no enfrentamento do fascismo implantado em nosso país pelo golpe de 2016 e pelo sucesso eleitoral do "coiso". As iniciativas que tomarmos serão admiradas e imitadas. As atitudes dos protagonistas do futuro serão responsáveis por um mundo melhor e mais justo.

Democracia - O enfrentamento contra o autoritarismo implantado pelo golpe de 1964 teve a participação de inúmeros atores políticos e sociais que, no atual momento político, ainda não assumiram o mesmo papel. Uma das explicações para a pouca influência dos defensores da democracia no enfrentamento com o fascismo defendido pelo "coiso" é a inexistência, na conjuntura atual, de figuras públicas como Leonel Brizola, Miguel Arrais, Ulisses Guimarães, Mario Covas ou Franco Montoro que, ainda que nunca tivessem defendido uma sociedade socialista, sempre foram intransigentes defensores da democracia e dos direitos humanos.

Protagonismo - O debate sobre a criminalização da homofobia é um momento importante de reflexão sobre algumas ideias estúpidas do "coiso" e de seus seguidores. A civilização humana evoluiu o suficiente para reconhecer que a identidade biológica (ser homem ou mulher) não tem nada a ver com a orientação sexual dos indivíduos. O estágio atual foi alcançado, especialmente, por causa do poder de iniciativa de mulheres e homens que, mesmo diante de julgamentos preconceituosos, souberem exercer a liberdade de ser e de existir. O fascismo pretende fazer a história andar para trás, e legitimar a violência contra a comunidade LGBT. Criminalizar a homofobia vai cercear a liberdade de expressão de imbecis e preconceituosos, mas, ao mesmo tempo, vai representar a garantia de que os seres humanos que não se incluem na heteronormatividade defendida pelo fascismo tenham direito de viver. 

Fritura - Um dos integrantes do primeiro escalão da presidência da república está sendo fritado (publicamente) pela família do "coiso". Responsável por repassar R$ 400 mil para a campanha de uma candidata que obteve apenas 274 votos, ele havia concordado em assumir a culpa e pedir demissão. O último lance da novela envolveu o próprio presidente, que disse, numa entrevista, que se o ministro estiver envolvido, "o destino não pode ser outro a não ser a volta às suas origens". O ministro mudou de ideia e, agora, diz que não pede pra sair. O esquema é maior do que ele. Está claro que a candidatura "sem chance" foi criada pelo partido do "coiso" para desviar dinheiro público.    

O futebol e a defesa da vida

Espetáculos - Sempre gostei de ir a estádios de futebol. As torcidas sempre me fascinaram. Mais do que as disputas das partidas, as cenas d...