quinta-feira, 13 de junho de 2019

Mudanças futuras

Impunidade - Diálogos entre o juiz de Curitiba (que se tornou ministro do "coiso") e o principal promotor da operação "Lava a Jato" provam que houve armação para incriminar o presidente Lula. Depois que as conversas se tornaram de conhecimento público, seria natural que o ministro fosse demitido e que o promotor federal fosse afastado, mas não é isto o que parece que vai acontecer.

Ética - A divulgação dos diálogos pode não ser suficiente para derrubar o governo fascista e, embora o aspecto ético possa agitar a opinião pública, isto parece não ser o bastante para encerrar o ciclo de governabilidade da gestão federal, o que pode resultar no desgaste das pessoas envolvidas, mas deve manter, no essencial, o conjunto de medidas e iniciativas adotadas desde o golpe de 2016.

Conteúdo - As medidas e iniciativas do governo fascista têm a pretensão de eliminar direitos sociais conquistados ao longo do tempo. A demissão de um ministro (ou mesmo a destituição do "coiso") não significaria, automaticamente, que esse objetivo fosse modificado. Uma mudança mais profunda no cenário só ocorreria se a sentença que condenou injustamente o presidente Lula fosse anulada, que ele fosse libertado e que liderasse a retomada de um programa democrático e popular para o país.

Compromisso - Em 2003, quando assumiu a presidência da república, o presidente Lula afirmou que "a dívida pública brasileira não será paga às custas da fome do povo". O golpe de 2016 interrompeu essa lógica. Adversários derrotados nas eleições presidenciais de 2006, 2010 e de 2014 se comprometeram com o mercado financeiro, mas não tiveram sucesso nas urnas.

Golpe - O resultado eleitoral positivo para o conservadorismo só ocorreu em 2018 por causa de uma sucessão de fatos que se iniciaram assim que o resultado da eleição presidencial de 2014 foi anunciado. Inconformado com o resultado das urnas, o candidato derrotado na ocasião (o então senador Aécio Neves) passou a patrocinar uma sabotagem explícita do segundo mandato da presidenta Dilma, o que resultou no golpe de 2016.

Lógica -  O golpe prosseguiu, depois, com a disseminação do ódio contra o PT, com a prisão arbitrária do presidente Lula e, mais recentemente, com a eleição do presidente fascista, o único candidato que encarnava o antipetismo e que, ao mesmo tempo, daria continuidade à lógica implantada pelo golpe de 2016, de que o mercado financeiro sempre terá prevalência sobre os interesses da maioria da população.

Democracia - A retomada de um projeto de desenvolvimento sustentável com distribuição de renda, caminho iniciado pela posse do presidente Lula tem, como condição essencial, a anulação da sentença arbitrária que o condenou e a punição de todos os golpistas. A frente política capaz de realizar essa tarefa pode não conseguir reverter, imediatamente, todas as medidas do governo fascista, mas terá que ter o compromisso de restabelecer a democracia, de modo que as classes populares possam ser protagonistas de mudanças futuras.   




   

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