quarta-feira, 25 de março de 2020

A crise sanitária e a urgência da destituição do "coiso"

Emergência - A situação de emergência sanitária, provocada pela proliferação do coronavírus, provocará uma mudança irreverssível nos valores da humanidade, e isso vai inviabilizar, com toda certeza, o crescimento da ideologia neo-liberal. A disseminação do vírus já decretou a recuperação da presença do poder público na vida das pessoas, contrariando a lógica do desmonte do aparato estatal.

Solidariedade - Outra lógica que está sendo desmontada pela dissseminação do vírus é a ideia de que cada pessoa pode ser responsável por si mesma. A tragédia está convencendo os seres humanos de que a solidariedade é um comportamento essencial, e se contrapõe ao individualismo e à meritocracia, tão defendidos por profetas do apocalipse neo-liberal.

Disputa - O ideário conservador ficará, certamente, mais fraco, mas isso não significará, automaticamente, o triunfo das ideias socialistas e libertárias. Não existe correlação de forças suficiente para promovermos todas as mudanças necessárias. O fortalecimento da solidariedade, no entanto, vai fazer crescer a atuação das pessoas que acreditam nas possibilidades de um futuro mais humano e mais fraterno, e a disputa política, que não estava favorável às classes populares, poderá se inverter.

Revanchismo - Eu sempre achei que o "coiso" fosse maluco. Ele foi escolhido por causa de uma onda antipetista, que se iniciou com o golpe de 2016, e envolveu mentiras e armações judiciais, que fizeram com que ele chegasse ao governo. O pensamento que o elegeu pode ser resumido com a expressão "o importante é tirar o PT".

Insensatez - Em pronunciamento na televisão, ontem à noite, o "coiso" revelou, publicamente, o aspecto mais nefasto e destruidor da sua permanência no Palácio do Planalto e ultrapassou todos os limites. Entre outras barbaridades, ele desautorizou os encaminhamentos que estão sendo tomados em todo o país para combater a proliferação do coronavírus.

Economia - O "coiso" justificou a atitude insana com a desculpa de preservar a economia. Essa é a mesma justicatica que usaram para apoiá-lo. Para os antipetistas, "a inclusão social e a distribuição de renda diminuem a lucratividade". Nunca vamos nos esquecer que foi para interromper as políticas públicas que vinham sendo implantadas nos governos do PT, e para proteger seus lucros, que os grandes capitalistas apoiaram o golpe e a eleição do "coiso".

Possibilidades - A emergência sanitária precisa ser enfrentada com o fortalecimento do aparato estatal. Algumas medidas precisam da presença e da autoridade positiva do presidente da república. Já está claro que o "coiso" não tem capacidade (nem vontade) de cumprir esse papel. a suposta "bravura" do "coiso" passou a ser uma moléstia que facilita o extermínio. Sua destituição, portanto, é uma das urgências do combate ao coronavírus, sem prejuízo da luta política que deveremos enfrentar, passado o momento mais grave da crise. Não abriremos mão do sonho socialista, mas reconhecemos que, neste momento, a prioridade é a destituição deste genocida.       

Exemplos - Nas próximas semanas e meses vamos presenciar atitudes e comportamentos positivos, especialmente entre trabalhadores e integrantes das classes populares. Excluídos pelo capitalismo, que pensa primeiro no lucro, em detrimento das pessoas, moradores das periferias das grandes cidades vão ensinar ao mundo que a valorização dos seres humanos é muito mais importante do que a acumulação de riquezas defendida pelo sistema.

Um mundo melhor - É certo que sairemos da crise sanitária mais dispostos a construir um mundo mais justo. O resultado dessa construção pode não ter, em um primeiro momento, todos os elementos do ideal socialista que sempre buscamos. Mas é inegável que a nova situação não contará com muitos dos componentes nefastos do capitalismo neo-liberal. O conteúdo do futuro, que vamos construir, será determinado pelo esforço coletivo de mulheres e homens que, desde sempre, tiveram a luta anti-capitalista como razão de viver.  

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