terça-feira, 20 de outubro de 2020

"Novo normal" e desenvolvimento sustentável

Omissão - O "novo normal", propagandeado pela mídia tradicional, se limita à intensificação do trabalho em casa (para os que podem) e na adoção de medidas de proteção (uso de máscaras e de álcool gel com recomendação de distanciamento social) para os que precisarem sair de casa. São poucas as notícias referentes ao fortalecimento dos pequenos negócios, localizados mais perto de onde as pessoas moram.

Sustentável - O desenvolvimento dos pequenos negócios na periferia, apesar da omissão midiática, já está começando a acontecer. É previsível que aconteça uma dificuldade de financiamento desses empreendimentos locais, notadamente nas periferias, e isso só será superado com o fortalecimento financeiro dos poderes públicos, onde os pequenos empreendedores e as cooperativas vão procurar ajuda, uma vez que os bancos comerciais colocam tantos impedimentos e condições que isso  inviabiliza o acesso ao crédito para os pequenos negócios.

Incentivos - A tentativa de sufocamento dos pequenos empreendimentos é criminosa. As pessoas, no "pós pandemia" vão fazer o possível para diminuir os deslocamentos. A tendência é que São Paulo e outros grandes centros urbanos se tornem "cidades de quinze minutos". O companheiro Jilmar Tatto, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, que já foi secretário de transportes da maior cidade, vai ter uma preocupação especial com a mobilidade, mas ele também vai se ocupar de promover a inclusão social e de criar um sistema municipal de incentivo aos pequenos negócios e às cooperativas.

Individualismo - Quando essa pandemia se tornou de conhecimento geral, eu tive a ilusão de que a situação poderia gerar uma compreensão de que as vidas humanas a serem preservadas superaria a ideia de lucratividade individual. A tragédia sanitária, no entanto, não foi suficiente para sensibilizar as pessoas em defesa da vida, e está acontecendo uma ofensiva desumana, que desconhece a perspectiva de crise econômica e, ao mesmo tempo, mantém a expectativa de ganhos financeiros astronômicos. 

Lucratividade - O período de sete meses, desde o início do isolamento social, é responsável, também, pelo enriquecimento de uns poucos privilegiados. Se nada for modificado, o futuro pós pandemia pode significar um aumento da miséria e da fome. O capitalismo, que se baseia na lucratividade individual, mostra, também, sua face mais desumana e mais cruel. 

Crueldade - Em plena pandemia, estamos assistindo o aumento dos lucros e o aprofundamento da ideologia neo-liberal. Governantes fascistas se apressam em acelerar terceirizações e privatizações, e está em andamento um processo acelerado de enxugamento do Estado que, no Brasil, está baseado na Emenda Constitucional 95, que prevê a redução de gastos públicos por duas décadas. A revogação dessa lei criminosa é urgente.

Contraposição - Tudo o que está acontecendo é ruim, mas não ocorre sem resistência. O movimento organizado de usuários e de funcionários do Hospital do Campo Limpo conseguiu barrar a terceirização daquele equipamento público e o povo da Bolívia acaba de nos dar um grande exemplo de como enfrentar o golpismo. Essas vitórias nos animam a seguir lutando. O futuro será melhor para todas as pessoas.

O futebol e a defesa da vida

Espetáculos - Sempre gostei de ir a estádios de futebol. As torcidas sempre me fascinaram. Mais do que as disputas das partidas, as cenas d...