
Mercado - Os cortes de investimentos públicos não se limitam à educação. O governo fascista pretende economizar recursos financeiros em vários outros setores, para resgatar papéis públicos em poder do mercado financeiro. O golpe de 2016 e a prisão arbitrária do presidente Lula foram financiados com o objetivo de interromper a implantação de políticas públicas de justiça social, para restabelecer o poder do mercado financeiro, verdadeiro governante do país, que apenas usa o "coiso" e seus ministros como representantes institucionais.
Unidade - A força das manifestações pode produzir uma nova realidade, capaz de retomar as políticas de distribuição de renda interrompidas pelo golpe de 2016. O desafio mais importante da conjuntura atual é produzir a unidade política necessária para a superação do autoritarismo, implantado pelo golpe de 2016 e pela fraude nas eleições de 2018. A retomada do projeto que vinha sendo implantado pressupõe a libertação do presidente Lula, o que vai significar, também, o fortalecimento do Partido dos Trabalhadores. A unidade que deve ser construída para a conquista do retorno do país à civilização tem, como condição mais importante, a aceitação dessa realidade futura, sob pena de, se não o fizer, reforçar o fascismo e, por consequência, os interesses do mercado.
Juventude - A presença de crianças e jovens nas manifestações de quarta feira precisa ser destacada, e entendida como parte da tarefa de construção da luta contra o fascismo. Ainda que a forte influência dos protagonistas do futuro possa ser interpretada apenas como defesa do interesse específico pela educação pública de qualidade, é essencial que tenhamos a iniciativa de dialogar com essa demanda, incluindo-a na luta mais global contra o capitalismo. A disposição para lutar por um futuro melhor deve estar, sempre, ao lado da luta pela manutenção (e ampliação) dos direitos já conquistados.