terça-feira, 10 de abril de 2018

A "força da grana" e os movimentos sociais populares

Poder econômico - A organização da economia com base na propriedade da terra dominou o mundo por mais de um milênio. Ela foi substituída, na dominação da humanidade, pela sociedade industrial que, posteriormente, seria trocada pelo mercado financeiro. Os períodos rural, industrial e rentista têm, em comum, o estrito controle das instituições pelo poder econômico. Nas três fases da história recente da civilização humana, o poder do dinheiro controla as ações de reis e presidentes e, apesar de alguns avanços importantes no rumo da mudança, a "força da grana" ainda não foi superada. 

Civilização - Isto não significa, contudo, que não aconteceram avanços. As relações entre empresas e trabalhadores, por exemplo, têm algumas regras favoráveis à mão de obra, mas nem sempre foi assim. A jornada diária de trabalho já foi muito maior do que hoje e a exploração da mão de obra feminina e infantil já teve um volume muito grande. Os avanços civilizatórios nunca foram implantados por concessões do poder econômico, mas conquistados através de inúmeras mobilizações e greves. Algumas dessas mobilizações resultaram em mortes de trabalhadores, como a greve pela diminuição da jornada de trabalho e a luta das mulheres operárias. 

Supressão de direitos - O governo sem voto pretende suprimir os direitos conquistados pelos trabalhadores e pela maioria da população brasileira e, ao mesmo tempo, também quer diminuir os gastos públicos com políticas sociais. O objetivo do golpismo é assegurar a lucratividade da produção capitalista e garantir o repasse de valores ao mercado financeiro. As tentativas do governo sem voto (e de seus apoiadores) não acontecem sem resistência. Movimentos sociais populares enfrentam a supressão de direitos e há uma mobilização importante com o objetivo de evitar a redução (ou eliminação) de políticas públicas de inclusão social e de distribuição de renda. 

Ideias e projetos - A prisão do presidente Lula é uma tentativa do poder econômico, que não quer abrir mão de suas ideias de exploração. O presidente Lula representa a resistência dos movimentos sociais populares aos retrocessos, e também é a possibilidade concreta de implantação de políticas públicas de distribuição de renda e de inclusão social. A principal dificuldade do poder econômico, neste momento, é a de encontrar uma candidatura presidencial capaz de defender e viabilizar o seu projeto. A ordem de prisão contra o presidente Lula tem a pretensão de encarcerar os sonhos e projetos de milhões de pessoas, e isto eles não vão conseguir.

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