terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Punibilidade e generosidade

Vexatório  - Há uma ofensiva da mídia tradicional em potencializar, na opinião pública, a justificativa para a penalização individual de acusados e suspeitos de corrupção. Característica visível dos grandes veículos de comunicação aliados do golpismo, a seletividade antipetista na divulgação das informações, algumas vezes, cede lugar para a exibição de imagens que reforçam o justiçamento de figuras públicas que, recentemente, ocuparam cargos públicos. Um ex-governador do Rio de Janeiro foi mostrado, em rede nacional, algemado e com correntes nos pés, numa demonstração explícita de que o castigo implacável e vexatório pode ser o destino de acusados e suspeitos de corrupção. Não que ele seja digno de qualquer tipo de defesa, mas a exibição vexatória tem o objetivo ideológico de legitimar o castigo individual, desprezando qualquer possibilidade de solução coletiva ou geral sobre a corrupção política.

Implacável - O ex-governador fluminense não é o primeiro a ser mostrado na televisão em situação vergonhosa. O ex-prefeito paulistano Celso Pita também teve seus momentos de fama diante das câmaras, acusado de corrupção, enquanto seu mentor só foi preso recentemente, muito tempo depois. Diferentemente de seu pupilo, o mentor de Pita foi exibido como idoso e doente, buscando conquistar a opinião pública para a estranha teoria do "rouba mas faz".

Objetivo - A intenção da mídia tradicional, ao exibir essas imagens, é a de reforçar, na opinião pública, o senso comum de que a punibilidade individual é suficiente no enfrentamento da corrupção, ignorando totalmente qualquer possibilidade de reestruturação global do funcionamento dos poderes públicos, de modo a evitar que episódios de corrupção continuem se repetindo. 

Seletividade - O comportamento midiático também não se esquece de destacar a necessidade de punição à esquerda, em geral, e aos petistas, em particular. A exibição frequente de vexames busca favorecer o discurso de ódio dos antipetistas que, mesmo assim, não conseguirá superar o sentido de solidariedade e de generosidade defendido por integrantes do PT e da esquerda.            

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