terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Luta contra o fascismo e contra o capitalismo

Perigo - O não discurso do "coiso" em um encontro internacional pode ser um indício perigoso de que estamos assistindo uma ofensiva muito perigosa da estupidez. O elogio da burrice e da desinformação, desgraçadamente, pode servir de método para legitimar a insanidade da violência. O alcance da propaganda pode funcionar como biombo para a efetivação de ações militares que, em qualquer situação, seriam repudiadas pela maioria das pessoas.

Guerra - É uma desconfiança pouco fundamentada, ao menos por enquanto, mas a presença de militares israelenses em solo brasileiro é um indício perigoso de que há uma perspectiva de guerra a ser deflagrada a partir de nosso país. O comportamento em Davos pode ter sido um sinal de que começa a acontecer um alinhamento com países e governos belicistas, sem legitimidade internacional. É muito estranho que somente soldados israelenses tenham sido chamados para atuar em Brumadinho. É sintomático que, ao mesmo tempo, um autoproclamado e não eleito presidente venezuelano tenha recebido apoio do governo comandado pelo "coiso".

Crimes - Momentos de tragédia sempre suscitam reflexões importantes. O episódio triste de Brumadinho ajuda a pensar que os seres humanos estão sendo desvalorizados em nome da ganância desmedida pelo lucro fácil. É preciso colocar um freio na lógica de que o dinheiro pode tudo e que as vidas dos seres humanos não valem nada. É urgente que os responsáveis sejam punidos e que a fiscalização seja intensificada. Providências imediatas podem ajudar a prevenir novas tragédias. É essencial, contudo, que a estrutura de injustiça seja mudada, para que deixemos de viver a triste rotina de crimes cometidos em nome da lucratividade de atividades perigosas.

Exclusão - As mortes de Minas Gerais causam tristeza, mas, desgraçadamente, não representam um fato isolado na criminalidade do sistema injusto que vivemos. O capitalismo é responsável, desde muito tempo, pela exclusão de milhões de pessoas em todo o mundo. No mundo capitalista há muita gente sem casa e tem muito imóvel desocupado e os mais ricos detêm uma fatia da riqueza infinitamente maior do que os extremamente pobres. No Brasil, em 2017, segundo números do IBGE, a renda de 1% da população é mais de trinta e seis vezes maior do que os rendimentos da metade mais pobre das pessoas. Essa injustiça tem que acabar.

Políticas públicas - Durante os governos do PT, entre 2003 e 2016, os números da exclusão social diminuíram. O golpe de 2016 e o governo do "coiso" pretendem intensificar a miséria e fortalecer a lucratividade dos negócios. Os programas de distribuição de renda e a inclusão social não operaram milagres, afinal a desigualdade existente em nosso país sempre foi muito grande. Mas vale a pena destacar que o percentual de 35% de muito pobres foi reduzido a 13% durante os governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores. Isto significa que, em números absolutos, mais de 45 milhões de pessoas deixaram a pobreza.

Protagonismo - A implantação de políticas públicas de inclusão social produziu muito mais do que a redução da miséria. Os governos do PT conseguiram, com diversas iniciativas, incentivar o protagonismo de vários setores excluídos da sociedade capitalista. A preocupação principal do governo fascista, ao combater os programas de inclusão social e de distribuição de renda, é de eliminar qualquer possibilidade de protagonismo dos movimentos sociais populares e dos sindicatos de trabalhadores. O governo do "coiso" pretende, também, destruir mobilizações das mulheres, dos negros e dos homossexuais, para favorecer os interesses dos donos do dinheiro. A luta contra o fascismo, portanto deve ser, essencialmente, anticapitalista.          

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