terça-feira, 26 de junho de 2018

Golpismo, agronegócio e envenenamento da população

Veneno - Um dos exemplos da ofensiva nefasta do golpismo é a aprovação de nova legislação sobre agrotóxicos que flexibiliza o uso de veneno na produção de alimentos. A proposta estapafúrdia, por enquanto, só foi aprovada em uma comissão, instituída especificamente para discuti-la, mas, em breve, será votada pelo plenário do parlamento brasileiro, com a triste perspectiva de aprovação, especialmente por causa do apoio explícito do golpismo.

Mercado - O resultado, ainda provisório, foi determinado pelos mesmos interesses que influenciaram na votação do golpe parlamentar. O comprometimento do futuro fica evidente no texto aprovado. A substituição da palavra "agrotóxico" por "pesticida", por exemplo, tem o objetivo claro de facilitar o registro de produtos que utilizam, na sua composição, substâncias que podem causar câncer nas pessoas. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) condenaram a proposta.

Omissão - A maior parte dos grandes veículos de comunicação da mídia tradicional nem tocou no assunto, e quando o fez, citou a mudança apenas de passagem, desconsiderando a possibilidade de que a modificação colocará em risco os trabalhadores da agricultura, a população residente nas áreas rurais e os consumidores de água e alimentos contaminados. A flexibilização também não contribui com a disponibilidade de alimentos mais seguros nem vai resultar na implantação de novas tecnologias no meio rural. 

Perigo I - A nova legislação pretende atender os interesses do agronegócio, aliados do presidente ilegítimo. O autor do projeto de lei, senador Blairo Maggi, é ministro da agricultura do governo sem voto. Seu estado de origem, o Mato Grosso, já utiliza um quinto de todo o agrotóxico usado no Brasil e, com a mudança, essa situação pode se ampliar. A legislação atual já é favorável ao agronegócio. Até 30% dos produtos permitidos no Brasil são proibidos em outros países.

Perigo II - O projeto aprovado concentra poderes no Ministério da Agricultura, e prevê o uso de uma tabela de classificação de risco, permitindo que produtos potencialmente perigosos sejam analisados conforme o grau de tolerância. O que se pretende testar, desgraçadamente, é a capacidade de convivência dos seres humanos com esses venenos.  

Resistência -  Parlamentares que fazem oposição ao governo sem voto continuarão a insistir, no espaço institucional, para impedir a legalização de mais esse crime. O drama é que, em um parlamento composto por mais de quinhentos deputados, apenas cerca de cem são abertamente contrários ao governo sem voto e ao golpismo. Reverter esse cenário desfavorável só será possível com a mobilização, de todos os movimentos sociais populares, em defesa da produção sustentável de alimentos. A lucratividade do agronegócio não pode continuar se sobrepondo ã saúde da população. 

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