segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Golpismo, economia e política

Economia I - Se a reforma da previdência for aprovada, além do óbvio retrocesso, isso vai significar que os objetivos dos que apostaram no "impeachment" da presidenta Dilma Roussef terão sido alcançados. O evidente sentido econômico do projeto golpista, de reduzir os gastos do poder público para fazer frente a despesas da dívida pública, no entanto, não observa o limite estrito da política econômica. Há um avanço ideológico e político que vai muito além da supressão de direitos dos trabalhadores e da eliminação de políticas públicas de inclusão social e de distribuição de renda. O que o golpismo pretende, no fundo, é legitimar os interesses do desenvolvimento do capitalismo, sem qualquer garantia de bem estar social para os trabalhadores e para as classes populares.

Economia II - Números positivos da economia não escondem que os ganhos do desenvolvimento serão transformados em lucros para empresas privadas e em ganhos para o mercado financeiro. Mesmo os indicadores supostamente favoráveis aos trabalhadores, como a diminuição do desemprego, só estão sendo possíveis por causa do subemprego, agora oficializado, depois da votação de mudanças na legislação trabalhista.

Política - A reforma do sistema eleitoral deve se limitar ao estabelecimento de restrições a coligações partidárias nas eleições proporcionais. Não devem ocorrer modificações na forma de eleição dos parlamentares, e o sistema atual deve continuar do mesmo jeito. Não deve ser aprovada também uma destinação orçamentária para as campanhas eleitorais, o que pode implicar na volta do financiamento empresarial e privado das eleições. O contraditório é que empresas e empresários continuarão comprando parlamentares através do pagamento de propina, dinheiro que será obtido com o sobrepreço de obras e serviços.

Meio ambiente - O governo sem voto, que funciona sob as ordens do golpismo, está avançando sobre áreas de terras consideradas como de preservação permanente. A ofensiva está desalojando comunidades tradicionais e pretende legalizar ocupações ilegais existentes nesses locais. O objetivo das medidas é favorecer a lucratividade privada e, ao mesmo tempo, premiar atividades que se encontram na clandestinidade, como a mineração em áreas de terras que devem ser preservadas.

Privatizações - Em outra frente de ataque aos direitos da maioria da população, governos e administrações pretendem repassar para a exploração privada diversos bens públicos. O favorecimento ao capital privado é evidente e, neste caso, não há a circulação de dinheiro suspeito, mas o desvio de finalidade declarado e aberto. Ao invés de servir ao conjunto da população, bens públicos passarão a ser utilizados para a obtenção de lucros privados.     

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