quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Desafios e tarefas

Pesquisas - Não é de agora que a divulgação de resultados de levantamentos estatísticos influenciam a decisão de uma parte dos eleitores. De posse dessa informação, é previsível que a mídia tradicional divulgue resultados desfavoráveis ao PT e à candidatura de Fernando Haddad. Não é simples manter o sangue frio nessas horas, mas é necessário permanecer alerta e mobilizado. 

Números - A controvérsia entre os números divulgados está no fato de haver (ou não) empate técnico entre Fernando Haddad e outro candidato, mas o percentual do candidato do PT (em todos os casos) é muito próximo da proporção de pessoas que simpatiza com o PT. A conclusão (óbvia) é de que a transferência de votos do presidente Lula para Fernando Haddad  ainda não se completou, o que pode significar um enorme potencial de crescimento.

Exclusão - A pesquisa do Ibope desconsiderou a opinião de pessoas que não votaram nas eleições de 2014. Com isso, os jovens foram excluídos do levantamento. Outros institutos de pesquisa devem usar método semelhante, sempre em prejuízo do PT. Não é improvável que o "coiso" tenha uma enorme rejeição nessa faixa de idade, e o critério do Ibope foi benéfico a ele. Como contrapartida, é óbvia a simpatia da juventude pelo PT.  

Antipetismo - As pesquisas manipuladas explicam uma parte da ascenção do "coiso", mas não dizem tudo. Candidatos do PSDB estão abandonando a candidatura Geraldo Alckmin e, obviamente, não se posicionarão do lado civilizado da história. A prioridade deles (e do chefe deles) é atacar o PT, e eles prefeririam fazer isso com candidatura própria. Mas isso parece impossível (o candidato deles está despencando). O movimento de transferência de votos para o "coiso" deve estar acontecendo, também, com eleitores antipetistas que iriam votar em outros candidatos. 

Especulações - Além da divulgação sistemática de pesquisas negativas, vamos enfrentar, nos próximos dias, o ódio antipetista. Aproveitando-se da desinformação de parte das pessoas, boatos sobre o PT e seus apoiadores vão ocupar o noticiário dos grandes veículos de comunicação. Também é previsível a apresentação de denúncias sem provas. A ofensiva antipetista era previsível. Não é tolerável para os arquitetos do golpe que a candidatura do PT continue crescendo.

Decisão - Além do tempo exíguo para o momento do voto, o que assegura a presença de Fernando Haddad no segundo turno é a coincidência de intenções de voto na sua candidatura e o percentual de identificação com o Partido dos Trabalhadores. Sabedores de que o PT tem lugar assegurado no segundo turno, os antipetistas, ainda no primeiro turno, se ocupam de espalhar boatos e fazer especulações. A ofensiva de ódio, certamente, será muito maior no turno decisivo.

Conteúdo - É assustador o conteúdo dos discursos do "coiso". Constatar que ele conquistou simpatia de parte significativa da população com pronunciamentos machistas, misóginos e homofóbicos, é um motivo de preocupação para todas as pessoas que defendem a civilização humana. Independente do resultado das eleições, é provável que a ideologia fascista tenha se instalado na população, e que tenhamos que conviver com isso durante bastante tempo

Tarefas - Enfrentar a ideologia de ódio e o golpismo, personificados no "coiso", e derrotá-lo eleitoralmente, vai exigir um esforço extra na reta final da campanha. Reforçar as manifestações do movimento "EleNão", dialogar com os eleitores tucanos e com pessoas que simpatizam com Marina ou Ciro Gomes serão tarefas importantes dos próximos dias. O enfrentamento desses desafios vai preparar os defensores dos avanços da civilização humana para a guerra eleitoral que se anuncia para o segundo turno. 

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