domingo, 6 de maio de 2018

Memória e resistência

Saudades - Fiquei sabendo, na manhã deste domingo, da morte do companheiro Celso Mauro Pociornik, que todos conhecemos como Marinho, e me recordei do início de meus tempos de militante operário. As lembranças de tempos passados me fez orgulhoso de ter tido a honra de ter convivido com ele, escritor e poeta que dedicou suas habilidades para a luta pelo socialismo. A notícia triste me fez redobrar a coragem e a disposição para a luta por um futuro melhor e mais justo e me ajudou a lembrar de trecho da letra da canção "Yo tengo tantos hermanos" de Atahualpa Yupanki que diz que "con la esperanza adelante y los recuerdos de trás".

Lembranças - Quando soube da morte do Marinho, lembrei das reuniões semanais em que participava, junto com ele, e das noites em que passávamos juntos, ocupados com a redação e impressão de boletins específicos de fábrica ou do panfleto que distribuíamos na zona sul. A urgência da tarefa era sua prioridade, e ele nos ensinou a fazer da agilidade um fator determinante na luta contra os patrões. 

Visibilidade - Marinho teve papel importante na Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo e, depois, cumpriu papel significativo na construção da CUT. Ele nunca foi um quadro de massa e, especialmente por causa disso, é provável que ele não seja registrado como líder importante do movimento operário. Mas foi a sua atuação que permitiu que muitos companheiros e companheiras tivessem visibilidade. Sem ele, eu, por exemplo, faria muito menos do que pude fazer.  

Lutas - Vivemos um momento difícil da conjuntura. Superar as dificuldades e deficiências que temos vai exigir que nos recordemos das lições do Marinho, especialmente no que se refere à necessidade de fortalecimento da organização dos trabalhadores nos locais de trabalho. As lutas que temos que travar serão mais bem sucedidas se estiverem alicerçadas em fortes organismos de base.

Futuro - Além da agilidade política e da força das organizações de base, o enfrentamento dos desafios da conjuntura atual vai nos exigir a mesma persistência e coragem que o Marinho nos ensinou. Honrar a memória dele significa seguir lutando por um mundo melhor, e seremos dignos de ter aprendido com ele.  

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