quinta-feira, 3 de maio de 2018

Luta pelo socialismo e participação ativa

Militância - A mesma relação existente entre a opção religiosa das pessoas e a presença nas atividades da Igreja pode ser utilizada para designar os defensores da transformação social. O termo "católico praticante", usado para identificar as pessoas que participam do cotidiano eclesial, pode ser utilizado para pessoas que, mesmo tendo uma opção clara pela ideologia de esquerda, não mantém uma militância regular nos sindicatos de trabalhadores, nos movimentos sociais populares e nos partidos políticos identificados com a luta por uma sociedade socialista e igualitária.

Prática - A discrepância entre as pessoas que professam a ideologia socialista com sua prática ativa significa um grande prejuízo para o conjunto da esquerda. O PT, segundo todas as pesquisas, conta com a adesão de mais de 20% da população brasileira. Isto significaria que, na cidade de São Paulo, poderíamos reunir uma multidão de mais de dois milhões de pessoas. É óbvio que nenhuma adesão pode ser transforma, automaticamente em mobilização, mas é evidente que as manifestações convocadas pelo Partido dos Trabalhadores e pelas organizações de esquerda deveriam contar com a presença de mais pessoas.

Direita - Os que defendem a ideologia conservadora, por outro lado, vivem uma situação muito pior. A mobilização de grandes contingentes é episódica e rara. O que o país assistiu, recentemente, quando centenas de milhares de pessoas seguiram um pato amarelo não é um feito simples de ser repetido. Um dos animadores das mobilizações conservadoras patrocinou a troca do animal (o pato virou um sapo), mas a mobilização de apoiadores do golpe segue restrita a um grupo de malucos armados e a fanáticos seguidores de uma candidatura presidencial. Embora tenham apoio midiático constante para suas convocações, os conservadores não têm conseguido reunir a mesma quantidade de pessoas que mobilizaram em defesa do golpe.

Urgência - A fragilidade militante da direita não significa que tenhamos o direito de negligenciar a nossa própria dificuldade de mobilização. É urgente que consigamos traduzir a simpatia à causa socialista em presença física nas manifestações. O enfrentamento do golpe exige que tenhamos mais poder de mobilização. O início disso está, certamente, no fortalecimento da organização dos sindicatos de trabalhadores e dos movimentos sociais populares, mas, principalmente, está na necessidade de esses lutadores sociais assumirem protagonismo histórico que determine a amplificação das lutas por igualdade e justiça social. 

      

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