quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Fanatismo, fragilidade e democracia

Enriquecimento - Estive conversando com pessoas que apoiam o "coiso" e reparei que um traço comum entre eles é a crítica à minha situação financeira, mesmo eu sendo do PT há muito tempo. Eles assimilaram a falácia de que fomos nós que inventamos a corrupção e me acusam de não ter "aproveitado" isso, apesar de ter ocupado cargos em várias administrações (petistas e não petistas).

Ilusão - Outro ponto comum entre os apoiadores do "coiso" é a vontade, vinda não se sabe de onde, de "acabar com o PT". O que os conservadores brasileiros sempre quiseram, desde muito tempo, é que nós não existíssemos. Mesmo diante de vários ataques, elegemos a maior bancada da Câmara Federal e somos reconhecidos por mais de 21% da população, como o partido político preferido.  Tentaram nos aniquilar, por várias vezes. Nunca conseguiram. Seguimos e seguiremos, fortes e firmes, na defesa da justiça, da igualdade e da democracia.

Fanatismo - Os seguidores mais fanáticos do "coiso" são disseminadores de mentiras. Eles são admiradores da ditadura e do autoritarismo e não podem ser vistos com negligência, pois no caso de uma improvável vitória eleitoral do candidato deles, seguirão as ordens do chefe, sem pestanejar. A existência desse grupo não é recente na história brasileira. Grupos semelhantes aos seguidores fanáticos do "coiso" já apoiaram, por exemplo, Plínio Salgado e a Ação Integralista Brasileira.

Fragilidade - Há eleitores e simpatizantes do "coiso" que, por diversos motivos, se tornaram seus defensores, sem ter clareza dos objetivos ou das intenções do candidato. São perigosos por estarem inconscientes (quase dopados), mas, ao mesmo tempo, são passíveis de mudança de opinião. Eles acreditam nas mentiras espalhadas pelos fanáticos, mas são capazes de pensar e de mudar de opinião. São admiradores conjunturais do fascista. Podem decidir a eleição, mas nunca serão defensores ferrenhos de ideias autoritárias nem se tornarão militantes da democracia, ao mudarem de opinião.

Escolha - Há um entendimento aparentemente majoritário na sociedade brasileira, a favor da democracia representativa. A hegemonia democrática, no entanto, é subjugada pelo poder econômico. Os defensores do mercado no espaço institucional usam o eufemismo "equilíbrio fiscal" para defender indefensáveis privatizações e cortes em gastos públicos essenciais. A escolha dos defensores do mercado, para a superação das crises, equivale ao pai de família que decide cortar o leite das crianças para pagar a fatura do cartão de crédito.

Democracia - O voto do próximo domingo pode decidir por governar para o mercado, promovendo privatizações e cortes de gastos públicos para a produção de sucessivos superávits, com o objetivo de pagar a dívida pública. Esta será a escolha dos eleitores do "coiso", que simpatizaram com ele por causa de suas bravatas e ameaças. Do outro lado, os que votarem em Fernando Haddad estarão buscando recuperar a lógica do início do primeiro mandato do presidente Lula, ou seja, que "a dívida pública não pode ser paga com a fome do povo". Cortes de gastos públicos e privatizações tendem a aprofundar as desigualdades sociais. A democracia representativa não pode consagrar um modelo concentrador e excludente.

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