sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A batalha da comunicação

Mídia - Os grandes veículos de comunicação sempre tiveram objetivos mais duradouros (e permanentes) que as disputas conjunturais contra os comunistas e, mais recentemente, contra os integrantes do PT. A mídia tradicional sempre buscou disseminar valores e costumes que estão ligados ao modo de viver do capitalismo liberal e, ao mesmo tempo, sempre trabalhou para execrar valores e costumes que defendem um novo tipo de convivência entre os seres humanos.

Exemplos - Notícias negativas sobre negros pobres e sobre a periferia resultam na apresentação de projetos de implantação da pena de morte, na legitimação de linchamentos públicos e na justificação de ações policiais violentas; o enaltecimento sistemático do enriquecimento individual justificam pronunciamentos a favor da meritocracia; e a defesa explícita do progresso econômico provoca a adoção de medidas de afrouxamento no uso de agrotóxicos.

Corrupção - O noticiário sobre corrupção na política, que justificou o golpe de 2016, foi apresentado, na mídia tradicional, de modo seletivo, sempre contra o PT, mas, especialmente, sempre mirou na desmoralização da democracia, que justifica o absenteísmo, o golpismo e o crescimento de candidaturas conservadoras.

Seletividade - Os grandes veículos de comunicação nunca fizeram campanha aberta contra o PT ou contra a esquerda, mas o comportamento midiático é flagrantemente desfavorável à esquerda. Todas as vezes em que uma denúncia de corrupção envolvendo um golpista é veiculada, imediatamente é apresentado caso de algum petista, como notícia requentada. O objetivo, nessas ocasiões, é reforçar o senso comum de que "foi o PT que inventou a corrupção".       

Contraponto - Os veículos de comunicação da mídia alternativa ainda são poucos. Jornais, boletins, sites e blogs comprometidos com os interesses das classes populares não têm conseguido se contrapor, de modo eficaz, à ofensiva golpista. Informativos de sindicatos de trabalhadores e de movimentos sociais populares se dedicam, prioritariamente, à propaganda de demandas e reivindicações corporativas imediatas, e enfrentam enormes dificuldades para influenciar o conjunto da população brasileira.

Urgência - Há uma quantidade pouco desprezível de rádios e TVs comunitárias, de sites e blogs progressistas, e de informativos impressos que, desgraçadamente, ainda funcionam de forma desarticulada. Para enfrentar a batalha da comunicação, é urgente que essa articulação aconteça, de modo eficaz e permanente, e que esse conjunto sirva, também, ao objetivo de disseminar valores humanitários e igualitários, como contraponto do egoísmo propagandeado pelo golpismo na mídia tradicional.   

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