quinta-feira, 5 de abril de 2018

Os objetivos das classes dominantes

Instituições - O espetáculo midiático desta quarta feira serviu para confirmar o cerco golpista a que o país está submetido. A proporção de defensores do golpismo, no espaço institucional, é maior do que a de representantes dos interesses populares. O resultado final é revoltante, mas, ao mesmo tempo, previsível. A possibilidade de vitória do presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) era realmente pequena. O espaço institucional sempre foi difícil para as classes populares. No parlamento, se somadas as bancadas dos partidos de esquerda e os parlamentares identificados com a democracia e contrários ao golpe, temos pouco mais de uma centena, cerca de 20% da Câmara dos Deputados. Também não há o que esperar dos meios de comunicação. A mídia tradicional, majoritariamente golpista, se ocupa de repercutir fatos que legitimam as deliberações institucionais.

Objetivos - A esquerda brasileira já viveu momentos muito importantes. Referências de massa como o presidente Lula, no entanto, nunca existiram na nossa história. Os ataques a ele não se restringem a uma perseguição pessoal, comandada pelas classes dominantes, ainda que isso exista, de fato. O objetivo da ofensiva golpista não é somente o de atacar a figura pública encarnada na pessoa dele. O que eles querem derrotar é a retomada e ampliação de direitos sociais, com o atendimento demandas e reivindicações populares, o que se tornaria realidade em um terceiro mandato do presidente Lula. 

Articulação - Mesmo diante dessa situação difícil, a ação institucional não pode ser abandonada. O essencial é que os movimentos sociais populares e os sindicatos de trabalhadores saibam combinar as iniciativas institucionais (no parlamento e nos tribunais) com fortes mobilizações de massa. O papel do PT e da esquerda deve ser o de reforçar, em todos os momentos, as mobilizações populares e dos sindicatos de trabalhadores, em articulação com as ações institucionais. O adiamento da implantação da reforma da previdência para os servidores municipais de São Paulo demonstrou que é possível barrar o golpismo, se houver articulação entre os parlamentares identificados com as causas populares e os movimentos sociais mobilizados.

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