quinta-feira, 29 de março de 2018

Os ataques do sul e a unidade da esquerda

Defender a democracia - O objetivo de quem planejou as emboscadas contra a caravana do PT era o de demonstrar, para a opinião pública, que a candidatura do presidente Lula pode provocar uma conflagração sem precedentes na história brasileira e, ao disseminar o medo de confrontos, provocar o esvaziamento de manifestações populares. Fruto dessa visão limitada, tucanos e outros adversários do PT se apressaram em declarar, publicamente, que os responsáveis pelos ataques insanos foram as vítimas, numa triste repetição do raciocínio infeliz que acusa as mulheres que andam de mini-saia pelos estupros. As ações violentas contra a caravana do presidente Lula acabaram por provocar uma unidade da esquerda, que seria inviável sem que a insanidade a tivesse despertado. Militantes da esquerda brasileira sabem o valor da democracia e reconhecem a importância política de que a população brasileira compreenda um programa de mudanças para o país. Todas as vezes em que o autoritarismo tomou conta do Brasil foi contra as ideias libertárias e socialistas.  Os membros do PCdoB, do Psol, do PSTU, do PCB e do PT reconhecem, numa só voz, a necessidade urgente da organização de uma frente em defesa da democracia, e isto não aconteceria se a insanidade fascista não tivesse praticado as ações violentas no sul do país.  

Unidade na diversidade - Na noite desta quarta feira (28 de março) uma multidão participou, em Curitiba, do ato de encerramento da caravana "Lula pelo Brasil". A presença de presidenciáveis do Psol e do PCdoB é um indicador importante de que a unidade da esquerda é possível. Isto não significa que Guilherme Boulos e Manuela D`ávila vão abrir mão de suas candidaturas para apoiar o presidente Lula já no primeiro turno, mas é um indicador importante de que a unidade vai acontecer no segundo turno, e que a soma do respaldo popular de ambos será essencial para a eventual vitória eleitoral do presidente Lula. A unidade da esquerda, assim, pode se transformar em uma reunião importante da diversidade, sem que isto signifique a capitulação, durante o processo eleitoral, de candidaturas com potencial para crescer junto aos trabalhadores e nas classes populares. 

Mídia golpista - As dimensões gigantescas da manifestação de Curitiba foram totalmente ignoradas pela mídia tradicional. Ocupados em disseminar o medo na opinião pública, os grandes veículos de comunicação da imprensa brasileira preferiram outros destaques para os seus noticiários. A divulgação do ato político mais importante de nossa história recente ficou sob responsabilidade quase que exclusiva de sites e blogs da mídia alternativa e, nas redes sociais, foi feita por militantes e ativistas que participavam do evento. O golpismo midiático pretendeu reforçar a ideia dos praticantes de atos violentos, através da disseminação do medo, mas não conseguiu esvaziar a manifestação de Curitiba e não vai conseguir inviabilizar a unidade da esquerda brasileira. 

O futebol e a defesa da vida

Espetáculos - Sempre gostei de ir a estádios de futebol. As torcidas sempre me fascinaram. Mais do que as disputas das partidas, as cenas d...