sábado, 7 de abril de 2018

As imagens e o futuro do Brasil

A imagem ideal do presidente Lula descendo do carro de som, em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e sendo carregado em triunfo por militantes, tinha que ser apagada da retina das pessoas. O conservadorismo armou uma outra cena, e os grandes veículos a mostraram, repetidas vezes, em rede nacional. A radicalização (compreensível) dos militantes pode ter fornecido combustível para a ação de elementos infiltrados, que teve o objetivo de produzir a exposição midiática de uma humilhação planejada pelo golpismo. Mas para os militantes sindicais e para as lideranças dos movimentos sociais populares presentes em São Bernardo do Campo, a imagem que sempre estará presente é a de um presidente do povo.

A mídia tradicional não mostraria a cena do presidente Lula nos ombros dos militantes do PT e dos movimentos sociais populares. Isso faria com que a palavra de ordem "Lula na cadeia" ficasse muito frágil (e quase imperceptível). A imagem triunfal do presidente Lula tornaria ainda mais forte a certeza que temos (e que sempre teremos) de que ele representa a vontade da maioria do povo brasileiro, e que é a expressão viva de um projeto democrático e popular para o país. Os grandes veículos de comunicação fazem parte do golpismo, desde muito tempo, e a justificativa das imagens serviram, mais uma vez, para comprovar esse comprometimento. 

As classes populares e suas representações nunca vão se calar diante da exploração capitalista. Sempre vamos perseguir uma outra forma de organização da sociedade. Teremos percalços e dificuldades, mas os acontecimentos desta semana vão reforçar os que defendem a ação direta e o fortalecimento de meios de comunicação alternativos à mídia golpista. O caminho não será simples e os desafios serão enormes, mas a profundidade das mudanças exigirá uma postura cada vez mais ofensiva por parte de militantes, ativistas e dirigentes. O futuro será de igualdade e de justiça social por causa do período histórico que estamos vivenciando. A luta será árdua, mas seremos vitoriosos.

A semente da justiça e da igualdade florescerá

Punição exemplar - O raciocínio limitado e a pouca inteligência fazem com que algumas pessoas acreditem que a prisão do presidente Lula vai amedrontar corruptos, que ficarão com medo da prisão. Não existe nenhuma lógica nessa expectativa. Se ela fosse verdadeira, todos os índices de criminalidade teriam diminuído em nosso país desde que passaram a existir as prisões. O argumento falacioso é espalhado, desde algum tempo, por antipetistas e, o seu maior expoente foi o ex-senador Demóstenes Torres, que defendia a punição sumária para acusados e suspeitos de corrupção, e que teve seu mandato parlamentar cassado e foi aposentado compulsoriamente de seu cargo como promotor de justiça exatamente por ter se envolvido com corrupção. A mentira tenta legitimar a punição de figuras públicas do PT e, ao mesmo tempo, pretende evitar um debate sério sobre o modo de funcionamento dos poderes públicos, cuja existência é uma espécie de facilitador das relações promíscuas entre autoridades e empresas concessionárias de serviços e obras.

Influência eleitoral - A eventual prisão do presidente Lula pretende influenciar o processo eleitoral. Líder em todas as pesquisas, ele pode vencer o pleito, e se tornar presidente do país pela terceira vez. Sua vitória eleitoral vai possibilitar um mandato em que as políticas públicas implantadas por ele voltem a vigorar, com a consequente revogação de medidas supressivas de direitos. O golpismo é patrocinador da propaganda midiática que defende a prisão do presidente Lula, especialmente porque, com sua eleição, o conteúdo do golpe de 2016 seria desfeito. Banqueiros e outros credores da dívida pública teriam que se conformar com os prazos pactuados anteriormente, uma vez que o golpismo teria que recuar em suas intenções de produzir sucessivos superávits orçamentários.

Golpe judicial e midiático - O julgamento do habeas corpus do presidente Lula no Supremo Tribunal Federal (STF) acabou por revelar, mais claramente, a face golpista do poder judiciário. As justificativas determinantes para o resultado final foram direcionadas para a condenação dele. Uma ministra declarou que votaria contra para acompanhar uma maioria que não havia, mesmo tendo posição pessoal diferente. Outra, diante de um empate que representava uma dúvida, situação em que é regimental o favorecimento do réu, preferiu tomar o caminho contrário, na dúvida ela condenou o acusado, apenas por ele ser o presidente Lula. Outro setor que se apresentou, mais claramente, alinhado com o golpismo, foi a mídia tradicional. Na véspera do julgamento, a televisão repercutiu ameaças golpistas de um general e apresentou histórico do presidente Lula com a óbvia intenção de reforçar as acusações contra ele.

Resistência e ocupação - Assim que foi anunciada a ordem de prisão contra o presidente Lula, uma multidão de militantes se dirigiu a São Bernardo do Campo, para a frente da sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde se iniciou uma ocupação de resistência contra a detenção do maior líder popular do Brasil. A atividade é permanente, e continua. Na manhã deste sábado vai acontecer uma missa em homenagem a Marisa Letícia, que faria 68 anos nesta data. A ocupação continua, e a resistência também. Nossas ideias não ficarão atrás das grades. A semente plantada pelo PT e pelo Presidente Lula sempre florescerá. O projeto de um país com mais justiça e igualdade resiste e continua livre.   

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