quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Ideologia, democracia e disputa política

Socialismo - Nunca acreditei que o capitalismo fosse capaz de fazer a felicidade das pessoas. Minha orientação ideológica, portanto, tem a ver com uma escolha de bom senso. Penso que os seres humanos podem viver melhor se a renda e a riqueza for distribuída de modo igualitário. 

Liberalismo - Sempre achei que os autointitulados liberais são, ideologicamente, partidários da teoria do "quem pode mais chora menos". Ao apregoarem a liberdade, eles buscaram justificar a ideia estúpida de que todos os seres humanos são livres para escolherem a exploração capitalista como situação ideal para suas vidas.

Exclusão - A ideologia liberal é responsável, historicamente, por absurdos que podem ter, como resultado, a eternização da exclusão social. A meritocracia, um dos exemplos dessa teoria, é um resumo dessa pretensão. 

Resistência - Movimentos sociais populares e sindicatos de trabalhadores, liderados por militantes de esquerda, produziram um mundo em que, embora ainda vigore o capitalismo, a situação foi se tornando mais razoável, sem que a exploração do trabalho e e exclusão social fossem exterminadas totalmente.

Democracia - As mobilizações populares e sindicais só puderam acontecer, com mais vigor e intensidade, nos períodos de democracia formal. A democracia é a situação ideal para o desenvolvimento da luta anticapitalista e, ao mesmo tempo, é o cenário em que podemos disputar a consciência das pessoas para o projeto socialista.   

Fascismo - O autoritarismo sempre é utilizado pelas forças conservadoras para barrar os avanços da civilização humana. É inevitável, em um ambiente democrático, que ideias de igualdade e de justiça social ganhem defensores e adeptos. 

Golpe - Para impedir esse avanço ideológico perigoso, o capitalismo sempre teve o poder do dinheiro para comprar aliados e, com isso, dar uma aparência de democracia aos seus interesses imediatos. Foi assim, por exemplo, no golpe de 2016 e na prisão arbitrária do presidente Lula.

Alinhamento - Em termos programáticos, muitos dos que se declaram adversários do "coiso" pensam exatamente igual a ele, o que pode reduzir o ponto comum da frente democrática a uma hipotética derrubada do governo fascista, com sua substituição por um outro governo, sem a revogação de medidas como os cortes de gastos públicos e de direitos dos trabalhadores, mas com a manutenção de prerrogativas democráticas.  

Futuro - As contradições e os limites do capitalismo fazem com que tenhamos aliados conjunturais que só são úteis no presente e em determinados pontos. O governo fascista está perto de uma desaprovação recorde, e alguns dos que o apoiaram no início já buscam se descolar dele. 

Conteúdo - Isto não significa que eles mudaram de opinião sobre o essencial, especialmente sobre o conteúdo programático que prevê cortes de gastos públicos, supressão de direitos e eliminação de programas de inclusão social e de distribuição de renda. 

Continuidade - Os movimentos sociais populares e os sindicatos de trabalhadores não arredam pé do restabelecimento da democracia, mas, ao mesmo tempo, não aceitam a redução de direitos e de programas sociais. Sabemos que a revogação dessas medidas só será possível com a anulação da sentença que resultou na prisão arbitrária do presidente Lula

   


  

   

   

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