terça-feira, 30 de abril de 2019

Unidade pra lutar, e Lula Livre para seguir lutando

Coerência - Na minha vida de militante já enfrentei muitas disputas eleitorais. Ganhei algumas e, em muitas vezes, fui derrotado. Nas derrotas, no entanto, me senti orgulhoso de estar do lado certo da história. Detestaria ter me mudado para os lados do pelego Joaquinzão nas várias disputas sindicais como metalúrgico. Não me alinhei com Franco Montoro em 1982 nem com Fernando Henrique Cardoso em 1985. Eles não eram inimigos, mas, representavam, em eleições da época, a oposição que podia vencer as eleições. Para votar e para fazer campanha preferi escolher Lula para governador em 1982 e Suplicy para prefeito em 1985.

Instituições -  Os insucessos não devem conduzir, nunca, ao desânimo. Sempre devem servir de motivação para corrigir eventuais erros e limitações, e seguir em frente, rumo a outras disputas. Para o projeto socialista, a participação nos sindicatos, nos parlamentos e nos governos deve servir para ampliar o espaço democrático formal, e assim, potencializar o protagonismo dos trabalhadores e das classes populares. Em muitas ocasiões, todavia, nos deslocamos da agitação e propaganda para o espaço institucional, o que limita a ação dos movimentos sociais populares e, muito pior, coloca os movimentos sociais populares a serviço da governabilidade.

# Lula Livre - O presidente Lula é um símbolo importante das lutas dos trabalhadores brasileiros. A prisão arbitrária do líder operário é uma tentativa de impedir que essa simbologia se explicite ainda mais, e ultrapasse o limite eleitoral. É inegável que o presidente Lula venceria a última eleição presidencial se pudesse concorrer. Sua pessoa física é o resumo das lutas dos trabalhadores e do povo nas últimas décadas. Foi isso o que o conservadorismo quis impedir com a prisão arbitrária. A solidariedade ao presidente Lula é proporcional à representação conquistada por ele como líder sindical e como presidente da república. Seu pronunciamento mais recente (uma entrevista de mais de duas horas) ganhou o mundo, e suas palavras circularam entre as pessoas que o admiram e que mantém a referência nele.

Primeiro de Maio -  Em todo o mundo, o Dia do Trabalho é celebrado como demonstração de força das pessoas que, no capitalismo, só tem a propriedade das suas mãos. As demandas dos trabalhadores sempre se somaram com as reivindicações dos movimentos sociais populares. Apesar de os governos sempre terem tentado revestir a celebração de um cunho festivo, as manifestações sempre tiveram conteúdo de luta anticapitalista. Neste ano de 2019, a luta mais importante, em todo o Brasil, é a defesa da previdência pública, como contraposição à proposta de reforma que pretende sepultar as possibilidades de aposentadoria dos trabalhadores e reduzir benefícios. Os trabalhadores também ocuparão as praças e ruas para defender mais e melhores empregos e para lutar pela valorização permanente dos salários.

Unidade - A pauta principal da luta contra a reforma do sistema previdenciário vai reunir centrais sindicais que nem sempre estiveram juntas. A unidade no enfrentamento contra as propostas do governo fascista representam uma possibilidade concreta de derrotar os que defendem os interesses do governo e dos banqueiros. Unidade na luta, no entanto, não pode significar capitulação em outros pontos. Estarei no Anhangabaú, com a consciência da importância da luta unificada, mas, ao mesmo tempo, sem abrir mão, um milímetro, da luta pela libertação do presidente Lula, símbolo mais importante das lutas dos trabalhadores nas últimas décadas. Unidade pra lutar contra a reforma da previdência, Lula Livre para seguir lutando e, principalmente, muita consciência socialista para continuar insistindo na luta por um mundo melhor e mais justo.     

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