Confirmação - O senador mineiro Aécio Neves foi transformado em réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia tende a reforçar os argumentos dos que dizem (há algum tempo) que "primeiro a gente tira a Dilma, e depois...". A expectativa, no entanto, deve ser relativizada. O senador mineiro já deveria ter sido punido, tais as evidências contra ele, e o início tardio de investigações que podem condená-lo só confirma a seletividade antipetista do enfrentamento contra a corrupção promovido pelo golpismo.
Farsa - Imagens do interior do apartamento, que provocou a condenação e a prisão do presidente Lula, reforçam a ideia de que foi montada uma enorme farsa para justificar o que aconteceu. Fotos confirmam que a reforma do triplex nunca aconteceu. Em depoimento, um delator (mentiroso) afirmou que a empreiteira OAS teria pago pela reforma. O juiz paranaense acreditou na mentira, e a usou no julgamento. O silêncio, neste momento, é um indício de seu comprometimento com o golpe.

Improvável - Diante da revelação da farsa, o desfecho mais razoável seria o encerramento do processo, com um pedido de desculpas público ao presidente Lula. Mas o processo foi montado com o objetivo claro de tirar o presidente Lula do processo eleitoral, e não há sinais de que os seus autores desistam dessa intenção. As evidências da farsa, no entanto, podem conduzir a opinião pública ao descrédito com as instituições, o que deve criar cenário propício para o aprofundamento do golpe.
Ameaças - Agressões contra o acampamento de Curitiba são um sinal de que o fascismo está em plena atividade, com a conivência de setores da segurança pública. A divulgação midiática das agressões contra os apoiadores do presidente Lula pretendem desencorajar a ida de mais militantes para Curitiba, mas tem produzido efeito contrário. Mais caravanas estão sendo organizadas e, apesar das agressões e das ameaças, o movimento #LulaLivre continua forte em Curitiba e em todo o país.