domingo, 17 de janeiro de 2021

Liberalismo e miséria

Mercado - Neste domingo, logo cedo, eu li a entrevista da economista chefe do Banco de Crédito da Suíça, onde ela dava uma espécie de ultimato ao país. Segundo a reportagem "o Brasil tem seis meses para realizar reformas para equilibrar as contas públicas, caso isso não ocorra, teremos aumentos do dólar, da inflação e dos juros". A pressão do mercado não é nenhuma novidade. A defesa do equilíbrio fiscal é feita com o objetivo de transformar os serviços públicos em objeto de lucro.

Dificuldade - O recado do mercado financeiro, no entanto, esbarra em uma dificuldade objetiva importante. No mesmo domingo, a Anvisa aprovou vacinas contra o Covid-19 que foram desenvolvidas por servidores públicos. O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz são os responsáveis, no Brasil, pelos estudos que resultaram na produção dos imunizantes aprovados até agora. Para que ocorra a vacinação, em todo o país, será essencial que a rede formada pelo SUS seja utilizada. O mesmo serviço público que o mercado financeiro quer desmontar será responsável por salvar vidas. 

Contradição - A entrevista da representante do mercado financeiro também contraria a realidade recente do país. Os resultados das reformas realizadas até agora não fazem os efeitos pregados por ela para o futuro. Mesmo com o congelamento dos gastos públicos, a reforma da previdência e as supressões de direitos trabalhistas não aconteceu qualquer recuo. Ocorreu o contrário. A cotação da moeda norte-americana não para de subir e a inflação para os mais pobres está muito alta. O receituário liberal está indo na direção errada e produzindo o aumento da pobreza.        

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