
Democracia - É incontestável o avanço do fascismo entre nós e, desgraçadamente, isso não se limita a intenções de votar em determinado candidato. O mais grave é a adesão de pessoas comuns a ideias fascistas como o ódio aos estrangeiros, aos gays e às mulheres, e a defesa da ditadura. É inegável, por outro lado, a existência, ainda que informal, de uma frente democrática e humanista.
Instituições - Se somarmos os parlamentares eleitos pelo PT e pelos partidos da esquerda, com os que defendem a democracia e os direitos humanos, teremos um retrato menos tenebroso do que o que é pintado pelo candidato do fascismo e por seus seguidores. Se sairmos às ruas, com símbolos do Partido dos Trabalhadores (camisetas, broches ou adesivos) é grande a chance de sermos agredidos por fascistas fanáticos, mas é enorme a possibilidade de que sejamos aplaudidos.

Mídia - A escalada do fascismo é favorecida por um amplo sistema de comunicações que, infelizmente, não se limita ao canal da Universal e à Rede Globo. O drama dos que defendem uma sociedade justa e igualitária, há muito tempo, foi nunca termos tido um sistema próprio de comunicação. Os jornais de sindicatos de trabalhadores e os informativos de entidades sociais populares são muito corporativos e localizados para influenciar o conjunto da opinião pública.
Desafios - Para continuarmos otimistas, um dos desafios mais importantes do próximo período, independentemente do resultado da eleição, será o de criar informativos, destinados a recolher e disseminar informações positivas sobre os negros, sobre as mulheres, sobre a periferia e em defesa da democracia. A guerra da comunicação só será equilibrada quando as classes populares tiverem um sistema de comunicação próprio e independente, articulado nacionalmente.