sábado, 24 de fevereiro de 2018

Golpismo e monopólio

Domínio do mercado - O monopólio é tratado, no capitalismo, como crime imperdoável. Um dos discursos mais disseminados, desde sempre, pelos ideólogos do liberalismo, é a defesa da livre concorrência, como forma de aumentar a eficiência da produção. Na prática, no entanto, a defesa ideológica da concorrência vem perdendo espaço para a disputa pelo mercado e pelo lucro. É visível, no Brasil, que o setor de comunicações é dominado por poucas empresas e famílias. Há situações, na televisão, em que esse domínio é tão acentuado, que elimina a concorrência e obriga o tele-expectador a uma só opção. O esporte mais popular de nosso país, por exemplo, é exclusividade da Rede Globo de Televisão. Não existe outro meio de assistir jogos de futebol transmitidos ao vivo pela TV aberta. A emissora paga aos clubes e federações valores estratosféricos e, com isso, se torna proprietária das imagens que, posteriormente, comercializa com outros veículos de comunicação. 

Avanços do monopólio - Até pouco tempo atrás, as imagens do futebol também eram geradas por outra emissora de televisão, e isto oferecia mais uma opção para o tele-expectador. Mais recentemente, o monopólio televisivo da Rede Globo se estendeu aos Jogos Olímpicos de Inverno, que também eram transmitidos, neste caso, com exclusividade, por outro canal. O monopólio contribui, de modo importante, para que a maior emissora do país busque, sempre, influenciar a opinião pública em vários outros assuntos. 


Programa democrático e popular - O que ocorre no sistema de comunicações começa a se estender a outros setores da economia. Empresa permissionária de serviços públicos (estradas de rodagem e transporte urbano) já domina uma importante fatia do mercado, e avança para aumentar seu controle e sua lucratividade. A política de privatizações, defendida e praticada pelo golpismo, é responsável pela ampliação do poder empresarial da maior permissionária de serviços públicos do Brasil. A luta anticapitalista deve dar o tom das manifestações populares contra o golpe. O enfrentamento cotidiano em relação ao avanço dos monopólios, em todos os setores da economia, deve guiar a atuação de todas as pessoas que defendem ideias socialistas e libertárias. Defender a democratização das comunicações e lutar contra as privatizações devem fazer parte da agenda das mobilizações, construindo e consolidando alianças que contribuam com a construção de um programa democrático e popular.     

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