quarta-feira, 16 de maio de 2018

O enfrentamento do golpe

Câmbio - As variações cambiais são determinantes no comércio entre países diferentes e empresas. A atual alta do dólar, por exemplo, é um critério pelo qual o comprador, no mercado internacional, vai levar um volume maior de mercadorias por cada dólar investido. Se isto é aplicado na aquisição de uma empresa como a Petrobrás (ou dos produtos que ela fabrica), a lógica é exatamente a mesma. Com a alta da moeda norte americana, a estatal, e os produtos comercializados por ela, poderão ser adquiridos com uma quantidade menor de dólares. 

Poder econômico - As variações cambiais não acontecem por intervenções mágicas e abstratas de origem desconhecida. São determinadas por interferência direta dos que detém uma grande quantidade de dinheiro. A alta acontece quando há pouca moeda em circulação. Nessas condições, acontece uma espécie de leilão, em que o proprietário da moeda define o comprador conforme a oferta que recebe. A moeda mais forte, neste caso, é trocada por uma quantidade maior de reais, e por uma quantidade maior de mercadorias, ou de ações de uma empresa.

Golpismo - O mercado financeiro só consegue fazer valer suas regras com o uso do autoritarismo, com o emprego de força militar, quando julga necessário. O incentivo insano a guerras e o financiamento de golpes fazem parte, assim, de uma espécie de rotina perversa do capitalismo. O golpe de 2016, no Brasil, observa, rigorosamente, essa lógica. A interrupção brusca do mandato legítimo da presidenta Dilma Roussef e a prisão arbitrária do presidente Lula são partes essenciais do golpe, e se tornaram necessárias para a implantação de medidas supressivas de direitos e para a entrega de riquezas brasileiras ao mercado internacional.

Mobilização - A defesa da soberania nacional será uma motivação importante para a luta pela democracia. A combinação de palavras de ordem pela libertação do presidente Lula, com a mobilização em defesa da Petrobrás e das riquezas brasileiras, será, certamente, fator decisivo para os petroleiros e para todo o povo brasileiro. Mas ainda vai faltar uma motivação específica para os movimentos sociais populares e para os sindicatos de trabalhadores. A mobilização permanente vai depender, sempre, da combinação da luta pela liberdade do presidente Lula com as lutas específicas de cada movimento social.    

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