quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Golpismo, judiciário e eleições

Dúvida - Não existe dúvida de que a candidatura do presidente Lula pode ser registrada. Somente depois do registro é que um eventual impedimento da candidatura pode ser discutido judicialmente. Para a discussão judicial acontecer, devem ocorrer iniciativas dos outros candidatos ou da procuradoria eleitoral. O objetivo dos questionamentos apresentados ao TSE e ao STF foi somente o de criar um clima de dúvida na opinião pública, uma vez que as iniciativas judiciais estavam fadadas ao insucesso, o que se confirmou.

Golpismo - O poder judiciário brasileiro faz parte da estrutura do golpe. A condenação sem provas do presidente Lula foi claramente encomendada, com o único objetivo de afastá-lo da eleição. O comprometimento de juízes, desembargadores e ministros com o golpe, no entanto, tem alguns limites. Um deles é evitar a antecipação de decisão que possa a ser questionada e revertida. As decisões do TSE e do STF não significam que eles se transformaram, de repente, em respeitadores da democracia, mas que havia a possibilidade concreta de que uma decisão contra o presidente Lula, se tomada agora, antes do registro da candidatura, seria revertida.

Mídia - As iniciativas judiciais contra o presidente Lula tiveram ampla cobertura na mídia tradicional, com a apresentação dos argumentos de seus autores, mas, estranhamente, não houve o mesmo espaço para os defensores da candidatura. Como o objetivo judicial não era possível de ser alcançado, o golpismo preferiu investir em propaganda e, neste aspecto, pode ter conseguido algum sucesso. O percentual de pessoas que votaria no presidente Lula permanece alto, mas, se não fosse a manobra midiática, o número de eleitores do candidato do PT poderia ser ainda maior.

Resistência - Em todo o país acontecem manifestações de apoio ao presidente Lula. No último final de semana, um festival de música e arte reuniu mais de 80 mil pessoas em defesa de Lula Livre. Desde ontem, em Brasília, em frente ao STF, um grupo de militantes protesta em defesa da libertação do primeiro colocado em todas as pesquisas de intenção de voto. Nesta sexta feira, dia 3 de agosto, às 17 horas, na Praça da Sé, no centro da cidade de São Paulo, acontece mais um ato contra a prisão arbitrária. No sábado, 4 de agosto, o Partido dos Trabalhadores oficializa a candidatura do presidente Lula e, no dia 15 será feito o registro junto ao TSE, em Brasília.

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