quarta-feira, 27 de maio de 2020

República do medo

Investigação - A Polícia Federal intensificou investigações na administração pública do estado do Rio de Janeiro, tendo como alvo principal o governador Auschwitzel. Uma olhada rápida da situação pode provocar uma avaliação de que o governo federal se ocupa do combate à corrupção, mas não é bem assim. 

Impunidade - É certo que Auschwitzel não é nenhum santo, e merece ser investigado por corrupção e por muitos outros crimes, mas o que a Polícia Federal, agora aparelhada pelo "coiso", pretende é desacreditar uma autoridade pública que tem sido firme na defesa do isolamento social, contra o que pensa o governo federal.

Vingança - Seguidores do "coiso" confirmam os objetivos da investigação. O próprio presidente da república nunca escondeu sua predileção em alcançar seus objetivos através da intimidação de adversários. É importante ressaltar que não há nenhum movimento no sentido de investigar o assassinato de Marielle Franco e de operações policiais que resultaram em mortes violentas na periferia do Rio de Janeiro.

Mídia - A situação provocou, na mídia tradicional, uma corrida para transformar o enfrentamento Auchwitzel contra Bolsonaro em assunto principal do noticiário. O conteúdo da investigação (suposto superfaturamento de equipamentos de saúde pública) é citado apenas de passagem. O comportamento criminoso do governador do Rio de Janeiro contra as classes populares é ignorado pelos grandes veículos de comunicação.

Ameaça - A rapidez da vingança pode atingir também o governador de São Paulo, que também não é nenhum santo, e ele já começa a recuar de posicionamentos anteriores, e anuncia que vai "flexibilizar" o isolamento. Se essa flexibilização não agradar o "coiso", é provável que, em breve, o governador paulista também receba a visita do "japonês da federal".
    

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