sábado, 31 de agosto de 2019

Tristezas e certezas

Mortes I - Quando soube das mortes mais recentes, me convenci que a geração de mulheres e homens que enfrentou a ditadura implantada pelo golpe de 1964 (e que resiste ao fascismo) está indo embora. Salvo algumas excepcionalidades (tem gente que vive mais de 100 anos), ou algum acidente fatal, nos despediremos de muitas pessoas nos próximos tempos.

Certeza - O que me conforta e anima é saber que a história é eterna e a luta é permanente e contínua. Os que se foram deixaram lições e referências importantes. Choraremos pelos que morrerem, mas seguiremos em frente.

Mortes II - Estive hospitalizado, alguns dias, e um companheiro me mandou um recado para que eu não morresse, especialmente porque "estamos perdendo muita gente". Quando fui avisado da morte do Reginaldo Moraes, quem me deus a notícia triste, a Claudia Santiago, disse que ele tinha combinado com ela de "não morrer". A combinação durou quatro anos, tempo que o Régis demorou pra seguir o mesmo caminho do Vito Giannoti. Quero dizer ao companheiro Webster Bravo que não tenho a intenção de morrer. Vou ficar por aqui pra lutar e pra resistir. 

Tristeza - Vai ser difícil me despedir de companheiros queridos (hoje fiquei sabendo da morte do Toshio), mas eu pretendo insistir na teimosia de viver, e serei persistente (e resistente) em relação ao capitalismo e ao fascismo. Tenho certeza de que, quando eu morrer, os que ficarem continuarão lutando para mudar o mundo. Estou certo de que o futuro da humanidade será o socialismo.

O futebol e a defesa da vida

Espetáculos - Sempre gostei de ir a estádios de futebol. As torcidas sempre me fascinaram. Mais do que as disputas das partidas, as cenas d...