sábado, 2 de janeiro de 2021

O Ano Novo e os desafios da esquerda

Desafios - O ano que começa traz consigo uma série de responsabilidades e desafios para o Partido dos Trabalhadores e para a esquerda. O conservadorismo avançou demais, e isto não se resume a resultados eleitorais, mas se revela em costumes e valores que precisam ser combatidos, em todos os momentos e em todos os lugares. A disputa ideológica, necessária e urgente, não será suficiente, contudo, para enfrentar a situação.

Protagonismo - Durante o ano passado, com todas as dificuldades, conseguimos identificar e enfrentar  alguns inimigos poderosos. Os enfrentamentos ainda aconteceram com o empenho restrito dos setores excluídos, como as mulheres contra o machismo, por exemplo. É urgente amplificar a voz dos excluídos, com a produção de conteúdos que sejam capazes de enfrentar as injustiças e de reforçar o protagonismo dos movimentos sociais populares.

Comunicação - Jornais, livretos e panfletos impressos seguirão existindo e reuniões presenciais continuarão acontecendo. O que está acontecendo é que mensagens e reuniões virtuais passarão a ocupar, cada vez mais espaço, em nossas vidas. E isto não tem a ver somente com a pandemia. Ainda que o coronavírus tenha acelerado o processo, o mundo virtual vem ganhando espaço faz algum tempo. O protagonismo dos movimentos sociais populares terá que ser construído (ou reforçado) também no mundo virtual, com a produção de materiais com mensagens curtas e propositivas.

Adversários - É espantosa a quantidade de postagens e de referências aos adversários e inimigos do PT e da esquerda nas redes sociais. São inúmeras as citações ao "coiso", ao governador paulista e ao prefeito da cidade de São Paulo. Esse tipo de atitude tem consequências desastrosas. Politicamente, nos tornamos reféns de uma pauta que não é do interesse das classes populares; e, no mundo digital, acabamos reforçando a prática de quem coleciona curtidas e comentários. 

Instituições - O espaço ocupado, nas instituições pela esquerda e pelas forças progressistas não é pequeno. São inúmeros os companheiros e companheiras que são mandatários de cargos legislativos e executivos. A democracia representativa, no entanto, reforça uma dependência de políticas públicas oficiais que, mesmo sendo importantes, precisam estar acompanhadas de mobilizações que sejam capazes de potencializar as conquistas e de solidificar os avanços, inibindo qualquer tipo de retrocesso.        

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