sábado, 14 de abril de 2018

Impunidade e pensamento golpista

Culpas - Transcorrido um mês da execução da vereadora Marielle Franco, não existe o menor sinal de que o crime seja desvendado. Os tiros disparados contra a caravana do presidente Lula também não têm indício de resultados. Os dois crimes têm origem muito semelhante. O ódio estimulado pela mídia tradicional é o principal responsável pelos tiros. Incontinências verbais de pessoas que julgam que as vítimas "colheram o que plantaram", fazem parte da lógica golpista que busca atribuir às vítimas a culpa por atos de violência, de modo muito semelhante aos que atribuem a ocorrência de estupros ao uso de mini-saias.

Resistência - O raciocínio golpista é cúmplice dos crimes, e é criminoso, ao mesmo tempo. O ódio insano que incentiva a violência é a mão que pode girar a maçaneta, e abrir a porta para o fascismo. O mais trágico disso é que, por causa do apoio da mídia tradicional, essa lógica vem se espalhando perigosamente entre as pessoas. O objetivo do golpismo á forçar a rendição dos que lutam por um país mais justo e igualitário e a adesão de desavisados e desatenciosos. Não haverá rendição dos que lutam. Enquanto houver injustiça haverá resistência. A adesão de desavisados e desatenciosos, conquistada, momentaneamente, pela mídia tradicional, não será duradoura. A insensatez dos coxinhas vai ruir como as notícias falsas espalhadas pelo golpismo.

Tentativas - A pretensa unanimidade antipetista, propagandeada pelos golpistas, não é totalmente verdadeira. Embora tenham tentado nos reduzir a "sub-extrato de bosta do cavalo do bandido", o objetivo dos golpistas não foi alcançado. Continuamos vivos e fortes. E o futuro nos pertence. Mesmo na mídia tradicional existem (poucos) articulistas com opiniões sensatas sobre os fatos e sobre a realidade atual. No espaço acadêmico e universitário, as ideias de transformação social ocupam espaço importante e, ainda que não haja unanimidade a favor do PT, as ideias socialistas e libertárias são amplamente majoritárias. O acordo entre os que defendem a transformação da sociedade é a luta contra o capitalismo. 

O acampamento de Curitiba e a luta pela democracia

Terrorismo midiático - Os grandes veículos de comunicação divulgam notícias de que o acampamento de Curitiba estaria incomodando os vizinhos da sede da Polícia Federal, e que os acampados estariam atrapalhando a rotina daquela repartição pública. A prefeitura da capital paranaense, através da procuradoria municipal, pretende que o presidente Lula seja transferido para outro local.

Uma semana - O acampamento "Lula Livre" completa uma semana neste sábado, com o registro da presença de quase oito mil pessoas desde que se iniciou. Cerca de oitocentos apoiadores do presidente Lula estão acampados nas imediações da Polícia Federal, em esquema de revezamento. A alimentação é garantida por doações recolhidas em todo o país e por uma cozinha que funciona no próprio acampamento. Diferentemente do que é divulgado na mídia tradicional, parte da vizinhança do acampamento abriu as portas em solidariedade aos acampados e usuários dos serviços da PF também já declararam que o acampamento não prejudica o atendimento.

Tratamento especial - Os incômodos com o acampamento são demonstrados por pessoas que sempre apoiaram o golpismo, e disseminados pelos grandes veículos de comunicação, pretendem gerar a impressão de que a defesa política do presidente Lula é uma maluquice de alguns poucos petistas lunáticos. A presença permanente de pessoas no acampamento é assegurada pelo revezamento militante de caravanas como a de São Paulo, que chegou ao local na quinta feira; por apoiadores de sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais populares e partidos políticos; e pelo apoio de moradores de Curitiba. O terrorismo midiático pretende afastar a presença de pessoas que vão ao local com crianças, tentando diminuir o apoio da população ao acampamento. Diferentemente do discurso midiático, que pretende disseminar o medo, as pessoas com crianças são tratadas de maneira especial no acampamento "Lula Livre".

Liberdade - As reclamações sobre o acampamento deveriam provocar a decretação imediata da liberdade do presidente Lula. Os acampados de Curitiba e os lutadores dessa jornada em defesa da democracia querem "Lula Livre" por que os seus acusadores não apresentaram provas contra ele, mas, também, porque, eleito presidente, ele vai exercer o cargo em benefício da maioria do povo brasileiro. O acampamento de Curitiba não se refere somente à liberdade de um homem, ele é a expressão da defesa de um projeto de país com igualdade e justiça social.   

O futebol e a defesa da vida

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