
Suspeitos - Tratados como bandidos potenciais, trabalhadores e trabalhadoras são intimidados por interpelações que buscam reforçar a suspeita de que os pobres podem ser colaboradores do tráfico de drogas e do crime organizado. Nas palavras de um militar "uma criança bonitinha, de 12 anos de idade, entrando em uma escola pública, não sabe o que ela vai fazer depois da escola". Nos bairros mais abastados da cidade do Rio de Janeiro não ocorrem interpelações e revistas. A suspeita de criminalização é dirigida contra os mais pobres.

Populismo - Não existe dúvida de que a ideia de intervenção busca influenciar corações e mentes da população brasileira. A sensação de insegurança na opinião pública é evidente, e a intervenção tem caráter militar justamente por causa disso. O presidente ilegítimo, reprovado pela imensa maioria da população brasileira, pretende, com a intervenção, reverter esse quadro de rejeição, e se tornar simpático para a maioria dos brasileiros e brasileiras.