quarta-feira, 28 de março de 2018

O ódio, os tiros e a prisão do padre Amaro

Intimidação - Liderança da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o padre Amaro Lopes vinha sendo vítima de calúnias por parte de fazendeiros da região de Anapu, no interior do Pará. Ontem ele foi preso pela Polícia Civil, acusado de abuso sexual e de extorsão. O episódio da detenção é um indicador de que as campanhas de difamação influenciaram as ações da Polícia Civil. A casa do padre Amaro Lopes e a paróquia de Anapu foram reviradas pela polícia, em busca de supostas provas contra ele. O objetivo da ação policial é amedrontar outros agentes da luta pela terra na região de Anapu e atacar, especialmente, o trabalho da CPT. O padre Amaro Lopes é um dos continuadores do trabalho da religiosa Dorothy Stang (assassinada a mando do latifúndio em 2005). Sua área de atuação é caracterizada por possuir terras devolutas (de propriedade da União Federal) que são objeto de grilagem e de especulação, sendo, ao mesmo tempo, propriedades ocupadas ilegalmente por fazendeiros e latifundiários.

Violência -  Nesta terça feira (dia 27 de março), dois ônibus que participam da  Caravana "Lula pelo Brasil" foram atacados a tiros, em uma estrada de rodagem no interior do Paraná. O ataque, insano e covarde, se dirigiu a veículos que transportavam profissionais da imprensa brasileira e internacional. Os executores do atentado pretenderam impedir a circulação de informações positivas sobre a caravana, e tentaram restringir a cobertura midiática a fatos violentos e protestos contra o presidente Lula e contra o PT, característica principal da divulgação jornalística da mídia tradicional. O noticiário dos grandes veículos de comunicação concentram suas coberturas na divulgação de atos violentos, e ignoram totalmente a realização dos atos políticos da caravana, onde são apresentados os avanços do país durante os governos do PT, especialmente nas áreas da agricultura familiar, do cooperativismo rural e do ensino superior.

Origens - A prisão do religioso da CPT e os ataques à caravana do presidente Lula têm, desgraçadamente, a mesma origem. O ódio motivou as calúnias e difamações contra o padre, até que isso resultasse na sua detenção. O mesmo ódio é o que motiva os praticantes de atos insanos e covardes no sul do país. O comportamento odioso, que busca difamar lideranças dos movimentos sociais populares, é o mesmo que arma pessoas para atacar a caravana do presidente Lula. O ódio ultrapassou os limites da luta partidária, e está sendo exercido contra todos os lutadores sociais. A participação da mídia tradicional nesses eventos chega a ser criminosa, pois se soma aos caluniadores de Anapu, ao reproduzirem suspeitas e acusações ainda sem provas; e se torna apoiadora dos atos violentos do sul, quando noticia essas ações covardes como se fossem manifestações políticas contra o presidente Lula e contra o PT. A melhor resposta dos trabalhadores e dos movimentos sociais populares, contra a violência odiosa e contra as mentiras midiáticas, é a unificação das lutas sociais, e a garantia de que a divulgação de eventos do movimento seja feita de modo a destacar os avanços conquistados pela maioria da população brasileira entre os anos de 2003 e 2016.   

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