sábado, 2 de novembro de 2019

Mídia, golpismo e fascismo

Armação - É difícil que a Rede Globo se disponha, agora, a agir com decência jornalística, pedindo a cabeça do "coiso" numa bandeja. O mais provável é que a emissora esteja participando (voluntariamente) de uma armação destinada a afastá-lo de qualquer suspeita no assassinato de Marielle e Anderson, o que teria, ao mesmo tempo, o papel de consagrá-lo como herói.

Normalidade - A maior emissora de televisão do país é responsável pela disseminação do ódio à política que resultou na eleição do "coiso". A raiva foi alimentada, diariamente, pela Rede Globo de Televisão, e não houve nada no governo fascista que o noticiário da emissora considerasse absurdo. Seus telejornais se limitaram a noticiar fatos como a supressão de direitos trabalhistas e a reforma da previdência como se fossem normais e corriqueiros.

Absurdos - O noticiário da mídia tradicional, incluindo a Rede Globo de Televisão, foi muito condescendente com o fascismo desde a campanha eleitoral. Absurdos como a evidente ligação do "coiso" com as milícias e a indicação do filho do presidente para ser embaixador em Washington foram tratados, sempre, com normalidade.

Suspeição - O envolvimento do juiz federal que virou ministro com o principal procurador de justiça da operação "Lava a Jato", que pode resultar na anulação da sentença arbitrária que condenou o presidente Lula, não mereceu destaque no noticiário; e a perspectiva de libertação do líder operário também não merece atenção da emissora mais importante do país.

Cumplicidade - Os grandes meios de comunicação foram incentivadores do ódio antipetista e também apoiaram o "coiso" e sua turma, porque ele representava potencial eleitoral capaz de derrotar o PT. A mídia tradicional é cúmplice e beneficiária do governo fascista. A conivência diante dos absurdos é um sinal dessa parceria. Ainda que, eventualmente, possam ter rusgas e desentendimentos, mídia tradicional e fascismo são faces de uma mesma moeda.  

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