terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Conteúdo anticapitalista

Mudança - O encerramento das atividades de montadoras de automóveis no Brasil é mais um sinal da desindustrialização do país, mas, desgraçadamente. é um indício, também, de encerramento de uma  fase do capitalismo, que já esteve concentrado na produção e comercialização de bens, mas que, ultimamente, está voltado, preferencialmente, para a obtenção do lucro através de investimentos no mercado financeiro e da super exploração de trabalhadores do setor de serviços.

Trabalho - A indústria automobilística, durante bastante tempo, foi o topo de uma cadeia produtiva que empregou milhões de pessoas, em todo o mundo. Isto não acontece mais, basicamente, porque as grandes indústrias privilegiaram a lógica da "poupança de mão de obra" e, com isso, ficou mais vantajoso e mais lucrativo buscar lugares onde o preço cobrado pelo trabalho humano seja mais baixo e onde a quantidade de operários necessários para a produção seja menor.

Mentira - A desculpa utilizada pelos conservadores liberais, que falam em impostos altos como justificativa para a mudança, é mentirosa e falaciosa. Os tributos, no Brasil, nem são muito diferentes do restante do mundo, em se tratando de taxar a produção de automóveis. O que acontece, desgraçadamente, é que o capitalismo está se reorganizando, no mundo inteiro, indústrias estão escolhendo se instalar em países onde seja mais simples a "poupança de mão de obra".

Mercado - Ajustes do capitalismo também estão acontecendo no mercado financeiro. O Brasil é pioneiro na automação bancária (com dispensa de trabalhadores) e, por causa disso, o mercado financeiro é um atrativo importante para o investimento privado. Os bancos públicos têm uma clientela cativa e qualquer investidor capitalista tem interesse nisso. O desmonte do Banco do Brasil é uma iniciativa governamental para atrair investidores privados.

Capitalismo - Não é somente a indústria automobilística que passa por mudanças. O sistema capitalista, como um todo, está se reformulando, mantendo, no entanto, seu objetivo principal, ou seja, a lucratividade dos negócios. Os parceiros públicos dessa ofensiva podem ser fascistas insanos como o "coiso" ou qualquer outro governante que tenha o liberalismo como cartilha ideológica. Para fazer frente a isso, é urgente que a mobilização popular tenha conteúdo claramente anticapitalista e, no momento imediato, tenha clareza e coragem para fazer alianças pontuais contra o fascismo.     

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