
Legitimidade - A participação nos espaços institucionais tem a consequência de legitimar deliberações parlamentares que, em grande medida, contrariam os interesses dos trabalhadores e da maioria da população. A total ausência da esquerda desses espaços, por outro lado, resultaria em um domínio completo (e unânime) do pensamento conservador. A crítica ao envolvimento da esquerda com o parlamento não pode fortalecer a defesa de uma imediata retirada de mandatários eleitos desses espaços, mas deve reforçar a possibilidade de combinação da atuação institucional com as lutas e mobilizações dos movimentos sociais populares.

Violência - As agressões contra a democracia representativa e o uso de violência contra pessoas e mobilizações legítimas são outros aspectos da ofensiva conservadora. Não seria razoável revidar do mesmo modo. Os movimentos sociais populares e os sindicatos de trabalhadores não estão preparados para fazer o enfrentamento nas bases propostas pelo conservadorismo. Seríamos derrotados fragorosamente e, muito provavelmente, seríamos acusados de ter dado causa ao conflito.
Civilização - O momento político é de reforço de um projeto que incorpore os avanços civilizatórios já alcançados pela humanidade. O combate aos retrocessos propostos pelo pensamento conservador (e assumidos pelo golpismo) deve estar no centro das preocupações de todas as pessoas que lutam por um mundo melhor e mais justo.