sábado, 26 de janeiro de 2019

As tragédias do sistema capitalista

Previsibilidade - A tragédia de Brumadinho era previsível e poderia ser evitada. O desastre anterior, em Mariana, deveria ter servido de alerta, mas, desgraçadamente, os poderes públicos não anteciparam providências e, com isso, as condições para novos desastres desse tipo continuam existindo. Com o afrouxamento da fiscalização ambiental, defendido pelo governo do "coiso", a situação pode piorar ainda mais.

Situação conjuntural - Os discursos mais coerentes identificam na privatização da Companhia Vale do Rio Doce a origem da situação caótica e insegura. É inegável que isso é verdade. Em décadas de existência da empresa estatal não foi registrado nenhum desastre ambiental. Em poucos anos de privatização, já ocorreram duas grandes (e graves) tragédias, com prejuízos irreparáveis para o meio ambiente, com desabrigados, desaparecidos e mortos.

Crimes ambientais - Não é certo qualificar o que aconteceu em Mariana e Brumadinho como acidentes. É correto o raciocínio que qualifica terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas como tragédias inevitáveis. Os episódios de Minas Gerais devem ser chamados, com todo o vigor, de crimes evitáveis, que poderiam ter sido prevenidos.

Sistema assassino - O raciocínio de que os episódios ocorreram por causa da privatização da Companhia Vale do Rio Doce está correto. A entrega do controle da empresa para empreendedores e empreendimentos que se ocupam, prioritariamente, com a lucratividade da mineração, desdenhando cuidados com o meio ambiente e com vidas humanas, também está certo. Mas o motivo mais importante para essa e outras tragédias é o sistema assassino em que vivemos. O capitalismo é o maior responsável por tragédias como as de Mariana e Brumadinho.

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