sábado, 24 de março de 2018

Disputa política

Provas inexistentes - O resultado do julgamento, ocorrido nesta quinta feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), é mais uma demonstração da participação ativa do poder judiciário na estratégia golpista. Ao restringirem a decisão à admissibilidade do pedido de habeas corpus do presidente Lula, e se recusarem a deliberar sobre o mérito do pedido, os ministros do STF reconheceram o óbvio direito de defesa de qualquer pessoa, sem, contudo, tomar qualquer decisão específica. Em relação ao presidente Lula, é evidente a falta de provas em relação à propriedade de um apartamento no Guarujá, mas as instâncias do poder judiciário, até o momento, têm mantido a condenação, com base em formalidades processuais, sem discutir o mérito da acusação, inicialmente aceita por um juiz federal de Curitiba. No dia 4 de abril, quando o STF se reúne para examinar o pedido de Habeas Corpus do presidente Lula, as decisões anteriores podem ser mantidas, a partir do exame de formalidades processuais, e sem o conhecimento em relação a provas inexistentes.

Influência midiática - A curiosidade da opinião pública, em relação ao julgamento desta quinta feira é compreensível. Ela foi construída pelos grandes veículos de comunicação ao longo do tempo. As transmissões, em tempo real, dos votos dos magistrados, se transformaram numa atração para anunciantes e telespectadores e, ao mesmo tempo, numa possibilidade de exposição midiática para juízes, desembargadores e ministros das cortes superiores. O objetivo midiático e golpista é conseguir que as deliberações judiciais sigam a tendência da opinião pública, construída ao longo do tempo, de que a condenação sem provas de petistas passe a ser uma obrigação. O comportamento barulhento de antipetistas tem a clara intenção de influenciar decisões judiciais. Na mídia tradicional, a ausência de manifestações a favor do presidente Lula pretende legitimar o antipetismo, situação que quer conduzir o poder judiciário a confirmar deliberações de instâncias inferiores contra integrantes do PT.

Visibilidade - A mídia tradicional não vai dar destaque a manifestações públicas a favor do presidente Lula. Vai sempre qualificar manifestações fascistas como um direito de expressão do pensamento e se referir a agressões covardes contra nossos militantes como confrontos normais e corriqueiros. É provável que os grandes veículos de comunicação deem mais importância a manifestações contrárias ao PT, como fez recentemente com episódios ocorridos no Rio Grande do Sul, quando a caravana "Lula pelo Sul" foi contestada por pequenas manifestações, promovidas e financiadas por ruralistas. É necessário (e urgente) ampliar a visibilidade das manifestações favoráveis ao PT. Para enfrentar o antipetismo, além do empenho dos sites de notícias da mídia alternativa, temos que ocupar mais espaços nas redes sociais, de modo a ampliar a expectativa de votos que já temos em favor da candidatura do presidente Lula em 2018.  

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