quarta-feira, 3 de julho de 2019

Normalização inaceitável

Absurdos -  A facada nunca explicada, o misterioso sumiço do Queiroz, as armas  de grosso calibre encontradas na casa de um vizinho do "coiso", a relação explícita com milicianos e os 39 quilos de cocaína no avião presidencial podem fazer parte de um "modus operandi" governamental que pretende adquirir legitimidade. Manifestação ocorrida no último domingo, apresentou a defesa do indefensável, o que demonstra que, desgraçadamente, o absurdo tem adeptos na população.

Mídia -  A colaboração da mídia tradicional com teses governamentais vem ganhando característica de conivência com o absurdo e de reforço do fascismo. Recentemente, no episódio da cocaína encontrada no avião presidencial, a emissora de televisão mais popular do país informou que o dono da droga prestava serviço na aeronave oficial desde os tempos do presidente Lula e da presidenta Dilma. A informação foi desmentida pela Força Aérea Brasileira (FAB). 

Reforço - Segundo a FAB, o militar que assumiu ser o dono da cocaína presta serviço no avião presidencial desde 2016, tendo começado a trabalhar para a presidência da república a partir do mandato do presidente golpista e sem voto (antecessor do "coiso"). A informação mentirosa, veiculada pela mídia tradicional, reforça pronunciamento do governo federal de que o militar foi preso "por falta de sorte". A colaboração midiática teve o objetivo explícito de ajudar o porta voz que justificou o flagrante com a falta de sorte. 

Favorecimento - Situações grotescas e absurdas, no entanto, não têm impedido que propostas programáticas sejam enviadas pelo governo fascista ao parlamento. A reforma da previdência, se for aprovada, vai confirmar o favorecimento do mercado financeiro e penalizar os aposentados e pensionistas. Não há como aceitar a normalização dos absurdos nem o aprofundamento da exclusão.   

Seletividade - Os diálogos entre o ex-juiz de Curitiba (atualmente ministro do "coiso") e o procurador da operação "Lava a Jato" são reveladores de que houve uma colaboração entre o responsável pelo julgamento e o promotor responsável pela acusação na sentença que resultou na prisão arbitrária do presidente Lula. 

Demora - A revelação confirma que houve armação para evitar a participação do candidato favorito na eleição, mas, desgraçadamente, o escândalo ainda não resultou no cancelamento das sentenças contra o presidente Lula. Seria óbvio que a revelação escandalosa fosse suficiente para a anulação, mas isso ainda não aconteceu. 

Golpismo - A normalização dos absurdos governamentais e o prolongamento da indefinição sobre as atitudes do ex-juiz confirmam que essas situações fazem parte do golpe. A ideia inaceitável de normalizar o comportamento do governo fascista segue a mesma lógica de manutenção da prisão arbitrária do presidente Lula. A intenção é afastar as classes populares de qualquer possibilidade de participação política e, ao mesmo tempo, consagrar o inaceitável como coisa normal.

Resistência - Começaram a circular, nesta semana, abaixo assinados pelo cancelamento dos processos contra o presidente Lula e contra a reforma da previdência. As centrais sindicais marcaram para o dia 12 de julho mais uma rodada de manifestações e protestos em todo o país. Há um entendimento generalizado de que as instituições só vão tomar o caminho da obviedade e da sensatez se elas forem pressionadas por manifestações populares cada vez mais fortes e representativas.

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