
Conivência - Atos violentos, geralmente, são seguidos por manifestações de revolta e de indignação generalizadas. Foi assim no caso da execução da vereadora Marielle Franco. O desenrolar das investigações, no entanto, nem sempre combinam com a revolta e a indignação manifestadas quando da ocorrência. Decorridos quase dois meses do episódio revoltante, ainda não existem indícios de que as investigações conduzam à descoberta de mandantes e executores do crime.
Legitimação - O assassinato de Marielle Franco, os tiros contra a caravana "Lula pelo Brasil" e o ataque recente ao acampamento de Curitiba têm a mesma origem. A disseminação do ódio na mídia tradicional é a principal motivação de agressores e assassinos. A identificação de mandantes e executores das ações, embora necessária, pode não ser suficiente para conter a onda de ódio, estimulada pela legitimação política de atos condenáveis e pela divulgação de pronunciamentos do tipo "colheu o que plantou".

Contraposição - O Partido dos Trabalhadores e os movimentos sociais populares, com coragem e determinação, vêm insistindo em defender os avanços da civilização humana. O indesejável sucesso do fascismo, além do óbvio recrudescimento da violência, pode vir acompanhado de retrocessos inaceitáveis para a maioria das pessoas.