quarta-feira, 18 de abril de 2018

Farsas e intimidações

Confirmação - O senador mineiro Aécio Neves foi transformado em réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia tende a reforçar os argumentos dos que dizem (há algum tempo) que "primeiro a gente tira a Dilma, e depois...". A expectativa, no entanto, deve ser relativizada. O senador mineiro já deveria ter sido punido, tais as evidências contra ele, e o início tardio de investigações que podem condená-lo só confirma a seletividade antipetista do enfrentamento contra a corrupção promovido pelo golpismo.

Farsa - Imagens do interior do apartamento, que provocou a condenação e a prisão do presidente Lula, reforçam a ideia de que foi montada uma enorme farsa para justificar o que aconteceu. Fotos confirmam que a reforma do triplex nunca aconteceu. Em depoimento, um delator (mentiroso) afirmou que a empreiteira OAS teria pago pela reforma. O juiz paranaense acreditou na mentira, e a usou no julgamento. O silêncio, neste momento, é um indício de seu comprometimento com o golpe. 

Participação - O magistrado curitibano sabia da mentira e participou da farsa. Ele negou pedido dos advogados do presidente Lula, que pretendiam que fosse feita uma vistoria no apartamento, o que, muito antes da divulgação das fotos, teria comprovado que a citada reforma nunca aconteceu. O interior do apartamento se tornou de conhecimento público por causa da ação de integrantes da Frente Povo Sem Medo que, ao ocupar o imóvel, constatou que características citadas no processo contra o presidente Lula (como a existência de um elevador privativo) não existem.

Improvável - Diante da revelação da farsa, o desfecho mais razoável seria o encerramento do processo, com um pedido de desculpas público ao presidente Lula. Mas o processo foi montado com o objetivo claro de tirar o presidente Lula do processo eleitoral, e não há sinais de que os seus autores desistam dessa intenção. As evidências da farsa, no entanto, podem conduzir a opinião pública ao descrédito com as instituições, o que deve criar cenário propício para o aprofundamento do golpe.

Ameaças - Agressões contra o acampamento de Curitiba são um sinal de que o fascismo está em plena atividade, com a conivência de setores da segurança pública. A divulgação midiática das agressões contra os apoiadores do presidente Lula pretendem desencorajar a ida de mais militantes para Curitiba, mas tem produzido efeito contrário. Mais caravanas estão sendo organizadas e, apesar das agressões e das ameaças, o movimento #LulaLivre continua forte em Curitiba e em todo o país.   

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