Mídia - A prisão do Padre Amaro, acusado injustamente de associação criminosa e extorsão, foi noticiada com destaque na mídia tradicional. O sensacionalismo midiático se ocupou de dar destaque à notícia, com a pretensão de criminalizar os movimentos sociais populares. Sua libertação, ocorrida na semana passada, não teve a mesma repercussão midiática, que não se referiu às acusações injustas que o levaram a ficar preso durante mais de 90 dias.

Armação - Madeireiros, fazendeiros e grileiros de terra sempre, ávidos por aumentar a lucratividade de seus "negócios", sempre se opuseram às atividades do Padre Amaro. Eles foram os mandantes do assassinato da religiosa Dorothy Stang e, juntamente com a polícia de Anapu e com a anuência do judiciário do estado do Pará, armaram o processo que resultou na prisão do Padre Amaro.
Impossibilidade - O absurdo fica evidente na acusação de associação criminosa. Como somente o Padre Amaro era acusado, o consórcio era impossível. A prisão arbitrária foi reconhecida pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que, na concessão do habeas corpus, reconheceu não haver, na denúncia, outros agentes envolvidos no tal "esquema criminoso", o que "afastaria a existência de organização criminosa".

Pastoral - A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nota em que afirma esperar que a decisão judicial contribua para restabelecer "a justiça em relação a um sacerdote e grande lutador em defesa dos direitos dos mais fracos - por primeiro o direito à terra da qual viver - espezinhados pelos que se arvoram em poderosos donos da terra e das decisões políticas".
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