segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Intenções, falácias e violências

Autoritarismo - A campanha do "coiso" vem se tornando um festival de intenções de difícil execução. Para tirar do papel algumas de suas ideias estapafúrdias, se for eleito, ele vai precisar do apoio da maioria dos integrantes do parlamento, o que não é uma operação simples, ou vai ter que fechar a casa de leis e governar como o ditador que ele anuncia ser. 

Empregos - Há uma parcela de eleitores do "coiso" que acredita que ele vai estabelecer uma situação de pleno emprego, com a possibilidade de escolhermos a vaga que quisermos. A expectativa, neste caso, é um total delírio. Não existe essa possibilidade, e o corte de gastos públicos, apoiado por ele e por seus seguidores, pode piorar ainda mais a situação atual.

Revogação - Se medidas adotadas pelo governo sem voto não forem revogadas imediatamente, a capacidade de investimento dos poderes públicos vai afetar, negativamente, muitos fornecedores que, hoje, dependem de governos e administrações para gerar empregos. O corte de gastos públicos por vinte anos deve contribuir para economizar recursos para o pagamento da dívida pública, mas deve, também, contribuir para o aumento do desemprego.

Direitos - A eliminação de direitos trabalhistas, outro aspecto alardeado por apoiadores do "coiso" como gerador de vagas de emprego, não passa de uma mentira mal intencionada. A lucratividade dos negócios é mais importante para as empresas, e a redução dos custos com mão de obra humana vai se transformar em mais lucros, o que fará o trabalhador voltar ao tempo da escravidão.

Hipocrisia - Outra mentira dos apoiadores do "coiso" se refere à sua inexistente disposição de combater a corrupção. Entre os apoiadores da candidatura da extrema direita estão figuras públicas que estão sendo investigadas ou já tiveram condenações decididas pela justiça. O discurso mentiroso de "combate à corrupção" não combina com o apoio de pessoas como Eduardo Cunha.

Valores - O mais grave da campanha do "coiso", no entanto, não são as promessas que nunca serão cumpridas, nem as mentiras que ele conta e nem as alianças com corruptos conhecidos. O mais assustador é a forma como se comportam seus admiradores. A defesa de valores machistas e homofóbicos passou a fazer parte do discurso deles. O antipetismo envergonhado se apresentou, e a contaminação chega a pessoas muito próximas de nós, alcançando parentes e amigos de convívio diário, o que traz o perigo de sermos assassinados, com um tiro na nuca, em um almoço de domingo com a família ou num churrasco com amigos.

Corrupção - Há evidências de que o "coiso" recebeu apoio financeiro de maneira ilegal. O dinheiro  teria sido usado na contratação de pacotes de mensagens automáticas mentirosas, o que também é ilegal. Por medo ou por conveniência, o TSE e o STF não vão cassar a candidatura e a única saída é fazer isso através do voto. No próximo dia 28 de outubro, todos e todas iremos às urnas para reafirmar o #EleNão.              

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