Aparências - A primeira exoneração do governo do "coiso" foi anunciada, oficialmente, nesta segunda feira. O episódio deve encher de empáfia aqueles que sempre afirmaram não ter bandido de estimação. O motivo alegado para o desligamento do ministro foi a destinação de dinheiro público para uma candidatura "sem chance", mas a razão verdadeira pode não ser essa. O ministro exonerado ousou mexer num vespeiro, e se meteu a dar palpites em um hospital público controlado pela milícia. Tudo indica que foi essa "intromissão indevida" que provocou sua desgraça.

Golpismo - O episódio é esclarecedor sobre o alcance dos tentáculos do golpismo. Não há qualquer indício de que o ministro defenestrado seja punido judicialmente. Se houver qualquer castigo, ele pode ocorrer numa viagem de avião ou em um acidente qualquer, provocado (ou encomendado) pelos verdadeiros responsáveis pela exoneração. O golpe de 2016, e o governo fascista que veio depois, têm, como única base social organizada, milicias armadas que exercem o poder, que exoneram e nomeiam, e que bancam suas posições com base em ameaças e intimidações.
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