quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Presunção de inocência

Bancos - Chega a ser um insulto para a inteligência humana a total ausência de bancos e de empresas do mercado financeiro nas denúncias de corrupção e de pagamento de propina. O volume de dinheiro, descoberto em operações da Polícia Federal e em investigações do ministério público, é muito grande. É impossível que malas cheias de dinheiro circulem por aí sem que o sistema bancário participe, de alguma forma, da logística de circulação dos volumes que alimentam a corrupção. Grandes anunciantes, os bancos são poupados pela mídia tradicional, mas é evidente a participação do mercado financeiro em negócios ilegais. 

Revolta - A presunção de inocência dos bancos, que também pode ser traduzida como certeza de impunidade, não pode servir de justificativa para a defesa de roubos a instituições financeiras, como o que foi descoberto em São Paulo nesta semana, mas deve ajudar a opinião pública a raciocinar que os banqueiros não são inocentes no triste momento político que estamos vivendo. O caminho percorrido pelo debate sobre corrupção, muito conveniente para o golpismo, assegura a impunidade de banqueiros e de empresários do mercado financeiro, ao mesmo tempo que os favorece com a proposição de medidas supressivas de direito, que tem o objetivo claro de produzir superávit's sucessivos, que serão, posteriormente, utilizados para o pagamento de títulos da dívida pública.

Deflação - Os números baixos da inflação depois do golpe de 2016 são reveladores de uma profunda estagnação da economia. Com a diminuição da capacidade de consumo da população, ocorre um leilão ao contrário, com preços cada vez mais baixos e inflação em queda. Apesar de tentar estampar o otimismo oficial com os números, o noticiário da mídia tradicional não consegue esconder as filas em busca de emprego e o avanço da miséria e da fome. Além da implantação de medidas supressivas de direitos, o golpismo pretende aprofundar a exclusão social, assegurando lucratividade aos capitalistas e eliminando as possibilidades de sobrevivência digna para todos.

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