Processo legal - A prisão de amigos do presidente ilegítimo é mais um indício do envolvimento dele com corrupção. As ações da Polícia Federal também comprovam a existência de esquemas de favorecimento dos poderes públicos em favor de empresas privadas, desde muito tempo. As relações entre poderes públicos e empresas particulares não foram inventadas pelo presidente Lula ou pelo PT. A imagem distorcida da história brasileira serviu, durante os últimos anos, para a seletividade midiática contra o PT, e para a punição judicial de integrantes do nosso partido. A condenação antecipada de Michel Temer, no entanto, não deve ser defendida, pois isto pode reforçar a ideia de secundarização do devido processo legal e a judicialização do processo político, uma proposta clara de todas as suas variações do golpismo.

Contradição perigosa - As prisões de amigos do presidente ilegítimo e a exposição humilhante de Paulo Maluf sinalizam uma contradição grave do golpismo. Ao mesmo tempo que reforçam um movimento de desmoralização de Temer, potencializando uma candidatura de direita, os grandes veículos de comunicação também apresentam, como espetáculo, o castigo de Paulo Maluf, defensor das mesmas ideias da candidatura de direita capaz de enfrentar o PT nas urnas. A contradição do golpismo pode ser originada da dificuldade de construir uma candidatura antipetista, viável eleitoralmente, o que pode contribuir para o reforço deliberado de alternativas muito mais ousadas, como a instalação de um governo abertamente autoritário.
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