
Moralidade - A concentração do discurso golpista na moralidade administrativa é um facilitador do engajamento midiático no objetivo estratégico das classes dominantes. O noticiário da mídia tradicional tem o papel de atacar o presidente Lula e o PT, amplificando denúncias e suspeitas e, ao mesmo tempo, de inocentar, previamente, qualquer integrante do bloco apoiador do golpe de 2016. A seletividade do noticiário midiático é evidente. As menções a membros do governo sem voto são feitas de modo exclusivamente jurídico, com recursos protelatórios sendo tratados como providências normais do direito de defesa. Ao mesmo tempo, denúncias e suspeitas contra o presidente Lula são noticiadas, sempre, a partir do fato consumado (e antecipado) da condenação. Malas de dinheiro, indicações de favorecimento a empreiteiras e adiamentos de processos judiciais, quando se referem a governistas, são tratados como fatos normais e corriqueiros. Quando se referem ao presidente Lula ou ao PT, por outro lado, são mostrados como fatos consumados, e as figuras públicas são sempre apresentadas como bandidos (algemados e de tornozeleira eletrônica).

Contraposição - O objetivo estratégico do golpismo, contudo, não vem sendo bem sucedido. Apesar do apoio da mídia tradicional, há uma militância petista atenta e mobilizada, que não permite o avanço das pretensões da classe dominante. A identificação popular do presidente Lula, por outro lado, é responsável por sua liderança em todas as pesquisas, e anima o PT e a esquerda a seguirem em frente na luta pela democracia e pela participação do presidente Lula nas eleições de 2018. A intenção golpista, para ser bem sucedida, precisaria contar com a atuação decisiva (e determinante) de agentes infiltrados em nosso meio (reforçando ataques ao PT e espalhando ideias estapafúrdias como a de um inexistente "plano B"), e isto não vem ocorrendo.
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